Ambição de vida.
Eu não ambiciono viver muito, eu quero viver bem. Boa parte das pessoas vive com medo da morte, mas age como se pudesse ser eterna. Priva-se de diversão, de boa comida e bebida em prol da beleza, da saúde, desperdiça-se bons momentos hoje como se tivesse certeza de nova oportunidade amanha.
A vida é feita de fases, embora muitos estagnem numa só. Eu superei a fase da obstinação pela juventude, pela pele perfeita, pelo corpo em forma. Hoje eu me limito, mas, sobretudo, eu limito o hábito de limitar meus desejos em prol do futuro, de sacrificar minhas vontades em prol do “esperado”, mas inexistente (no presente).
Se hoje quero beber algo que me apetece, se hoje quero comer aquela comida saborosa e engordativa, se hoje quero ler um pouco mais e render um pouco menos, se hoje eu quero confraternizar com quem eu amo, eu bebo, como, leio e faço. Se amanha eu acordar respirando vou tomar mais sucos, beber mais água, comer mais frutas, malhar um pouco mais e fazer hora extra.
Não deixo para amanha a vida que posso viver hoje, não me preocupo com números, com dias, com horários. Tenho muita responsabilidade, mas não deixo nem as tarefas e nem o prazer de lado. Eu quero viver bem e não bastante porque qualidade para mim é intensidade, não duração.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 30 de novembro de 2010.
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