O Viagra e a excitação artificial.
Sou extremamente contra o uso de remédios para impotência, como o Viagra (e outros cujo nome nem quero saber) para homens não impotentes, em especial, claro se for eu a possível agraciada pela overdose de sexo.
Como mulher que de impotente não tenho nada confesso que o excesso de sexo me agradaria, todavia a ciência de que o entusiasmo do parceiro veio de uma pílulazinha é psicologicamente brochante e, o que é pior, é frustrante.
Muitos homens mais velhos valem-se destas drogas para agradar as “namoradinhas” jovens. Pode ser que lhes agrade, é claro, todavia muito sexo e várias ereções não desfazem os inconvenientes da diferença avantajada de idade, se estas não forem remedias pela falta de interesses e amor puro:
Maturidade desconexa entre o casal, metas e expectativas de vida diversas (enquanto um se aposenta o outro sonha em se fixar no mercado de trabalho), enfim, para tais diferenças não será o sexo bem feito graças a entusiasmo fisiológico ou fisiologicamente induzido que vai “emparelhar” alguns aspectos que, apenas o amor e a paciência poderão fazê-lo.
Na minha modesta opinião remédios são feitos para quem deles precisa. Tomar qualquer droga sem precisar é inconveniente, principalmente uma droga que excita a ponto do sujeito transar com uma elefanta. Atração física, sexo bom, é o saudável, aquele cujo cheiro da sua mulher, cujos lábios da sua mulher, cujos seios e bunda da sua mulher lhe excitam.
Tais drogas fazem o sujeito transar com qualquer desconhecida desajeitada como se estivesse com a Juliana Paes na cama. Isso é ridículo, é o sinal do final do romantismo, do bem querer entre as pessoas, da naturalidade nas relações. As relações hoje em dia são, de fato, tão perenes e hipócritas que até a excitação se tornou artificial. (Valha-me Deus!).
Wonderland, 20 de novembro de 2010.
Cláudia de Marchi
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