Permanece.
Nada é eterno nesta vida, algumas coisas apenas permanecem e se permanecem é por alguns nobres motivos. Neste mundo em que as conquistas são mensuradas com facilidade o que sempre terá valor é aquilo que as mantém.
Conquistar uma pessoa, por exemplo, é tarefa primária. Manter a conquista, manter a chama, manter a admiração, o carinho e tudo o que outrora apenas nos “chamou a atenção” é maestria.
Tudo o que não permanece, tudo o que finda, por sua vez termina por alguma razão plausível embora não “unânime”. É o encanto e não a paixão insana que mantém um relacionamento, é aquele abraço forte, aquele beijo doce, aquele carinho especial, as palavras de confissão e amor transmutadas em um olhar que nos fazem querer permanecer ao lado de alguém nesta vida.
O amor nasce de forma praticamente inexplicável, mas não finda sem uma explicação lógica, e este é o belo mistério da vida. O amor também não se mantém sem que existam atos, fatos e sentimentos que lhe nutram.
O que nasce praticamente desprovido de explicações e elucidações racionais finda com certa “obviedade explicável” que se traduz em desencanto, a melhor palavra para indicar “o fim do amor”.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 29 de novembro de 2010.
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