Das ilusões à realidade.
O problema de ser iludido por gente que não presta
é que os desavisados confundem a sua inocência com condescendência. Além, é
claro, de que pessoas de má índole adoram negar a realidade sobre o seu mau
caratismo e culpar aos outros que, simplesmente e por motivos que qualquer
pessoa de bom caráter compreende, não quiseram mais a sua companhia.
Tem quem acredite neles até conhecer-lhes um pouco
melhor e perceber que nada que saia de suas bocas é verídico, assim como
existem os da mesma laia que ele e que, justamente por isso, lhes dão
credibilidade. Gente que, com certeza, não lhe interessa.
É incrível como pessoas pérfidas escolhem bem as
suas vitimas. Aliás, pessoas mau caráter e de conduta duvidosa, via de regra,
se escoram na imagem boa de um amigo, dos pais, dos conhecidos para convencer
uma vitima “boa gente” de que elas são boas.
É o tal “sabe o fulano? É meu amigo”. Mesmo que nem
seja tão intimo assim. Essas pessoas sabem que relacionar-se bem pode ser um
passaporte para o convívio com pessoas idôneas e, se tem uma coisa que cafajestes
não gostam, é de levar a fama pelo que realmente são e, consequentemente, de
relacionar-se intimamente com pessoas da sua índole.
Todavia, de repente eles incutem nas pessoas que
lhes conhecem a imagem de “mudado”, de um “novo homem” e terminam, como sempre,
sendo o que sempre foram: uma porcaria de ser humano. Mas daí, o que eles
fazem? Usam de todos os motes para culpar quem estava ao seu lado pelos seus
erros. Eles são mestres na arte da mentira, do ludibrio, da enganação.
A culpa é sempre da ex-mulher, do gênio forte da
namorada, do vício do amigo, do mau humor do colega de trabalho, do rigorismo
do chefe. O cidadão, aquele que abusa da confiança de todos que lhes dão, é
apenas uma vítima, um coitadinho, um miserável.
Acontece que caráter não muda nem que se conviva
com o capeta ou com Cristo. Pessoas que honram seus compromissos, que são
decentes e honestas assim permanecerão perante a pior das “más companhias”, da
mesma forma que um homem de caráter forte não muda seu jeito de ser por causa
de alguém de personalidade duvidosa.
Em relação a caráter, meu amigo, não adianta
justificar o erro porque bebeu, porque é viciado, porque é dependente
psicologicamente do que for. Existem drogados e alcoólatras que não deixam suas
contas para outro pagar, que são sinceros com quem dizem amar e não logram quem
confia neles. Existem os que não fogem de seus atos e assumem quem são, esses
podem ser drogaditos, mas não são golpistas.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de maio de 2014.
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