Atraente ou interessante?
Coisas e pessoas belas atraem o nosso olhar, é
elementar, até bebezinhos simpatizam com belos sorrisos. Acontece que o que
interessa mesmo é o que vem do coração, o que sai da boca da pessoa. É o
conteúdo que torna o “atraente”, encantador.
Na verdade, para saber se uma pessoa vale a pena,
imagine-se deitada numa cama ao seu lado, com os olhos fechados de cansaço, mas
ouvindo ela lhe falar. Se, mesmo sem enxergar seus lábios mexendo você consegue
pensar “nossa, ela é demais!” é porque a pessoa é, realmente, especial.
Pessoas bonitas não faltam no mundo, corpos
sarados, cabelos bem cuidados, roupas elegantes, carros caros. Tudo isso é
atraente? Claro que é. O “atraente” nada mais é do que aquilo que atrai a sua atenção,
o seu olhar. Ser atraente é algo inerente ao belo, ao simétrico, ao chique.
Todavia, existe muita diferença entre ser atraente
e ser interessante, em que pese o atraente possa atrair o seu interesse. Ser
interessante é o que você demonstra àquele que se atraiu por você depois do
tradicional “oi, tudo bem?”.
É o tal de que “o essencial é invisível aos olhos”,
embora não seja ao coração. O essencial é a classe, a postura, a honestidade
das palavras, o bom humor, a alegria de viver, as opiniões, a inteligência, a
humildade, a decência.
Quem pensa diferente, quem acha que o ser atraente
vale mais que o ser interessante, quem acha a rasa beleza e elegância mais importante
que a profundidade intelectual e emocional da pessoa, obviamente e com certeza,
não tem muito a oferecer e merece, portanto, uma pessoa, igualmente,
superficial.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de junho de 2014.
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