Relacionamentos e passado.
Quem eu amei sempre soube tudo de mim. Sempre fui
uma pessoa que nunca se escondeu ou teve medo de ser plenamente desvendada,
conhecida. A quem eu amei sempre contei todas as minhas fraquezas, na ciência
de que, se elas fossem demasiadas a seu ver, eles sairiam da minha vida.
Eu gosto de surpresas, creio que todos gostem, mas
não omito nada a respeito do que me importa em minha história. Se você quer
amar e ser merecedor de amor não deve usar máscaras, afinal se você não tem
orgulho de sua história não pode esperar ser valorizado por pessoa alguma.
Em último caso, se seus erros forem demasiadamente
grandes ao ver do outro, ele não merece o seu prezar. Ame a si mesmo, valorize
tudo o que você viveu, porque o resto, meu amigo, não passa de mero detalhe.
Todos já sofreram pela pessoa errada, por motivos
errados, a grande maioria das pessoas razoavelmente passionais já amargaram
pileques por causa de alguém, já procuraram um psicólogo ou um psiquiatra, a
maioria das pessoas já se sentiu mal na própria pele se, é claro, viveu
intensamente os sentimentos que sentiu na vida, afinal, não se pode olvidar que
existem pessoas que, de tão frias que são, nunca perderam o equilíbrio em
virtude de sentimento algum.
Enfim, se o seu passado não envolve crimes, traições
e coisas mais hediondas que isso, não existe porque ter vergonha dele. Se você sempre
foi um ser humano bom ou, no mínimo, sempre tentou ser, não há o que esconder
de quem você ama.
Se, no entanto, nem você mesmo consegue aceitar a
sua história, a questão não é escondê-la do outro, é, quiçá, nem tentar ter um
relacionamento, porque se você julga o seu passado “incompreensível” ou “inaceitável”
é hora de procurar ajuda profissional.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de junho de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.