Perdões.
Nada pode ser mais nobre do que o perdão, mas
quando a mesma pessoa lhe pede as tradicionais "desculpas" com muita frequência
significa que você precisa ficar atento. Muitos pedidos de perdão nada mais
significam do que muitas mancadas, logo limites são necessários.
Não é preciso não perdoar, é preciso não ter tantas
razões para aceitar as desculpas alheias. Ninguém deve ter uma relação amorosa
ou uma amizade que exija a constante necessidade de perdoar para que ela
perdure.
Relacionamentos devem lhe fazer bem, do contrário
se tornam tortura psicológica e isso, meu amigo, ninguém merece! Literalmente.
Acontece que é mote dos que, teoricamente, amam, mas erram, o anseio do perdão
alheio como demonstração de amor.
Ninguém dúvida que quem ama, tenta perdoar ao
outro. Todavia, só quem não se ama acaba entrando num circulo vicioso de
perdão. O amante magoado perdoa, o amante errado fica contente, mas, em alguns
casos, recebe o perdão como salvo conduto para errar. E é neste ponto que a
história enfeia.
Logo, é preciso muito cuidado ao conceder perdão.
Dentro de uma realidade racional ele significa amor, em excesso ele significa
carência, falta de amor próprio. Logo, perdoe, mas nunca perca de vista o seu
próprio brio. Há limites para tudo, inclusive para ser bondoso, do contrário
você se torna otário, não “bom”.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 09 de junho de 2014.
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