O cara “bom”.
Não é porque o sujeito é “gente fina” que ele vai ser bom para você. Os julgamentos da maioria das pessoas são superficiais. O cara é bem quisto quando é razoavelmente simpático, bem vestido, educado e com uma situação financeira regular.
O cara é bem conceituado quando ri das besteiras que ouve, quando cede mais do que se impõe, quando é mais maleável do que firme, quando anui mais do que discorda, quando sorri mais do que critica. Pode ser que o sujeito socialmente bem considerado seja realmente sincero e um bom namorado, marido ou amigo, ou pode ser que seja uma decepção.
Frise-se que uma pessoa pode ser muito boa para os amigos, leal, franco, educado, e extremamente irritante como marido. Pode ser inseguro, ciumento, nenhum pouco sensível e demasiado alterado, assim como a bela mulher pode ser popular por ser de família abastada, malhar diariamente e beber com freqüência, mas ser péssima amante e companheira, com humor instável e personalidade egocêntrica ou fútil.
O ser humano é muito complexo para ser julgado “bom” sem que seja profundamente conhecido. Ele pode ser excelente profissional e péssimo individuo, pode ser ótimo amigo e péssimo marido, pode ser ótimo parceiro de festas e “junções animadas” e mau parceiro para desabafos e relacionamentos mais íntimos sejam afetivos ou amigáveis.
É difícil achar alguém que se faz bom em todos os aspectos do universo humano, certo é que escolhemos com quem vamos conviver pelo bem que determinada pessoa nos faz e não pela sua representação social, financeira, e estética.
Poucas pessoas conhecem intimamente alguém para poder lhes atestar a excelência ou bondade, afinal existe um imenso mar de pensamentos, vontades, sonhos, sentimentos e atos por baixo das aparências e do julgamento alheio. Aliás, pode ser um mar de águas calmas e belas ou agitadas e instáveis.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 07 de dezembro de 2010.
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