Imperfeito
Coitado de você se for julgado com a mesma severidade com que julga! Você não tolera a mínima imperfeição, não tolera que as coisas ocorram de forma diversa da que imaginou, não aceita falhas, mas não tem gratidão pelos acertos de quem lhe cerca.
Você debocha, faz pouco caso da dor e dos sentimentos alheios porque partem de um ser humano cheio de imperfeições, mas e você, é perfeito? Quem se encaixa nos seus ideais de perfeição? Ninguém, nem você mesmo.
Você exige demais do mundo, você espera demais da vida, você espera demais dos homens que, nada mais são do que seus companheiros no planeta terra, onde, se algum dia existiu um ser humano perfeito foi aquele que perdoou até quem mal lhe julgou e, por fim, injustamente lhe matou.
A sua vida não é perfeita porque você tem dinheiro, mas não tem a quem amar, a quem abraçar antes de dormir. A sua vida é imperfeita porque você não tem com o que preencher seu tempo, a única “coisa” que lhe alegra é saber que tem um ombro para dormir ou um filho para criar. Você se sente inútil, mas ama, ou você tem tudo que o dinheiro pode comprar, mas não tem uma pessoa especial, não tem a quem amar ou não tem equilíbrio psíquico.
Você, pois, não aceita que é impossível ter tudo na vida porque ela é como você: imperfeita e nem sempre plena, completa e iluminada, aliás, ela só é assim quando você quer, quando você se sente assim, mas como julga tudo com severidade, você nunca se sente realmente contente.
É meu caro, a sua vida realmente não é perfeita. E nem deveria ser. A perfeição é enfadonha e não foi feita para uma pessoa imperfeita como você. Você não tolera assumir que tem sorte e que deve ser grato por ela, você não aceita admitir que, mesmo sendo imperfeito e vivendo na imperfeição, é possível ser feliz, mas não é porque você gosta de fazer-se de “coitado”.
Ser feliz é um ato de muita responsabilidade, você diz que quer ser, mas não quer, do contrário bastaria sorrir e seguir a vida, porque a sua vida é muito boa, só você não reconhece este fato, assim como não enxerga as suas imperfeições no momento em que julga quem não é pior e nem melhor do que você.
Você debocha, faz pouco caso da dor e dos sentimentos alheios porque partem de um ser humano cheio de imperfeições, mas e você, é perfeito? Quem se encaixa nos seus ideais de perfeição? Ninguém, nem você mesmo.
Você exige demais do mundo, você espera demais da vida, você espera demais dos homens que, nada mais são do que seus companheiros no planeta terra, onde, se algum dia existiu um ser humano perfeito foi aquele que perdoou até quem mal lhe julgou e, por fim, injustamente lhe matou.
A sua vida não é perfeita porque você tem dinheiro, mas não tem a quem amar, a quem abraçar antes de dormir. A sua vida é imperfeita porque você não tem com o que preencher seu tempo, a única “coisa” que lhe alegra é saber que tem um ombro para dormir ou um filho para criar. Você se sente inútil, mas ama, ou você tem tudo que o dinheiro pode comprar, mas não tem uma pessoa especial, não tem a quem amar ou não tem equilíbrio psíquico.
Você, pois, não aceita que é impossível ter tudo na vida porque ela é como você: imperfeita e nem sempre plena, completa e iluminada, aliás, ela só é assim quando você quer, quando você se sente assim, mas como julga tudo com severidade, você nunca se sente realmente contente.
É meu caro, a sua vida realmente não é perfeita. E nem deveria ser. A perfeição é enfadonha e não foi feita para uma pessoa imperfeita como você. Você não tolera assumir que tem sorte e que deve ser grato por ela, você não aceita admitir que, mesmo sendo imperfeito e vivendo na imperfeição, é possível ser feliz, mas não é porque você gosta de fazer-se de “coitado”.
Ser feliz é um ato de muita responsabilidade, você diz que quer ser, mas não quer, do contrário bastaria sorrir e seguir a vida, porque a sua vida é muito boa, só você não reconhece este fato, assim como não enxerga as suas imperfeições no momento em que julga quem não é pior e nem melhor do que você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de julho de 2011.
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