Caindo na real
Durante muito tempo me faltou vivência, mas sobrou arrogância, me faltou humildade, mas sobrou petulância, me sobrou orgulho, mas faltou conhecimento e, por toda esta discrepância, cai e me machuquei.
Quando a gente sai de perto de nossas verdades, de nossas convicções e cismas para aterrissarmos na realidade da vida o choque é grande, o tombo é doído.
Existe uma grande diferença entre aquilo que somos e o que imaginamos que somos, entre o que pensamos e o que realmente é, entre o que imaginamos e a realidade, entre nossos anseios e o que a vida nos reserva.
Muitas vezes a vida não quer tanto de nós como pensamos que podemos lhe dar, às vezes ela só quer que reconheçamos nossa impotência, que aprendamos a ser humildes, que nos resignemos a nossa real significância, sem devaneios, sem prepotência, sem arrogância.
Às vezes a vida quer que caíamos na real, que paremos de supor, de sonhar, de imaginar que nós, nossos planos, sonhos e pessoas que amamos são melhores do que, de fato, são.
A vida só quer que sejamos realistas, mas, quanto mais arrogantes somos, quanto mais nos achamos superiores e “especiais”, maior é a queda e, acredite, o tal do “cair na real” pode ser extremamente dolorido. Uma queda e tanto!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 05 de março de 2012.
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