Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 2 de março de 2012

Imprestáveis


            Imprestáveis
            A questão não é a minha inocência em cair na sua lábia, não é meu jeito despojado que, apesar de ciente sobre a opinião alheia a seu respeito, me fez confiar em você, criatura inútil que nunca mereceu minha confiança, a questão é a sua falta de caráter, a sua pobreza de espírito, e não a minha bondade demasiada.
            Pessoas boas confiam, presumem os outros por elas próprias, ou seja, crêem que os outros são sinceros, honestos e bondosos, mas, por um “acaso” fortuito do destino eu lhe conheci e achei que suas palavras tinham valor, achei que os anos de amizade não iriam me enganar, confiei na sua honestidade e caráter, todavia, hoje eu sei que a primeira é inexistente e o segundo é mal, ou melhor, é péssimo!
            Mas, e daí? Eu me prejudiquei financeiramente, derramei algumas lágrimas pela traição de confiança, mas continuo sendo bondosa, tendo caráter e garra? E você, pessoa sem valor, que gasta tudo o que ganha, que não honra seus compromissos e palavra, ou melhor, cujas palavras são como você, infelizes e sem valor, o que lhe resta na vida: aparentar o que não é? Dar calote em pessoas boas? Ser fugaz e fútil?
            A coitada da história não é a traída que é decente, mas a pessoa traiçoeira, mentirosa e dissimulada que a trai. Para a bondade demasiada, há solução: a decepção ensina, não mata. Mas, para a maldade e a falta de caráter existe cura? Não. Pessoas com tais defeitos não mudam, mas pessoas como eu se fortificam e nunca mais voltam a confiar em criaturas imprestáveis como você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 02 de março de 2012.

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