A culpa é sua.
Não foi por desamor que desisti, foi por não suportar sua incapacidade de fazer mea culpa, de analisar que, cedo ou tarde, tudo ruiria, tudo viria abaixo, a crise chegaria, as paredes desmoronariam.
Não se pode buscar respostas quando elas são óbvias, não se pode culpar alguém quando o único culpado é você mesmo. É ridículo, é vão, é abjeto tentar encontrar um culpado sem antes analisar que foi você quem sempre fez tudo errado.
Eu não poderia voltar atrás para brincar no seu jogo esquizofrênico em busca do algoz que não existe e que nunca existiu, eu não poderia desperdiçar mais momentos de minha vida buscando culpados pelas catástrofes da sua que, diga-se, foram causadas, unicamente, por você.
Eu tenho um mundo de problemas para resolver, uma vida para viver, seria injusto demais dar um passo atrás e cair na mesmice de tentar sondar o insondável, buscar resposta para o irrespondível, afinal, a resposta é uma só: a culpa é de quem sempre agiu errado, a culpa é sua, mas só você não vê, todavia eu vejo, por isso me afasto, por isso me calo, por isso eu sumo, por isso eu desisto de você. De novo.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 10 de março de 2012.
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