O amor não é cego!

            O amor não é cego!

O que você é capaz de tolerar de alguém sem perder a sua auto-estima? Essa pergunta pode parecer tola, mas a duração de seus relacionamentos depende da resposta que você encontrará para ela.

            Seu namoro de longos anos findou? Seu casamento longo terminou? Não importam os anos ou o “status”, a dor da frustração, a mágoa e o rancor por não ter “dado certo” são os mesmos.

            Na verdade seu relacionamento “deu certo”, mas não pelo tempo sonhado, não “para sempre”. Talvez pelo tempo suficiente para você ser feliz com a pessoa que escolheu, quiçá tal individuo não seria capaz de lhe fazer eternamente feliz? Quiçá seus defeitos e hábitos não lhe fossem suportáveis por uma vida inteira?

            Então, é ai que a minha perguntinha, aparentemente tola, começa a fazer sentido! Os seres humanos são diferentes entre si e se distinguem basicamente por aquilo que eles são capazes de suportar, de tolerar, de agüentar.

            Acredite, nenhum relacionamento é perfeito, feito de sorrisos, beijos, abraços e sexo. Então, escolha alguém cujas virtudes lhe agradam e, sobretudo, cujos defeitos lhe sejam toleráveis.

Ah, mas “o amor é cego e não vê defeitos”? Se você pensa assim, lamento, mas é inapto para viver um amor de verdade, você precisa encontrar alguém cujos defeitos lhe sejam suportáveis sem afetar seu amor próprio, apenas assim você poderá entabular uma relação duradoura, madura e feliz.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 21 de março de 2012.