Faça por prazer ou não faça!
Ando numa fase extremamente
questionadora e de incentivo ao questionamento, a reflexão, ao pensar. Vivemos
em um mundo em que fazemos inúmeras coisas sem pensar, em que
"ingerimos" o que nos é jogado sem nada indagar e, mais, tomamos uma
série de atitudes sem nem ao menos termos uma opinião pessoal a respeito delas.
Falemos de vaidade, de beleza. Pois
bem, sabemos que existem padrões de beleza que nos são impostos, pelas
revistas, pela televisão, pela internet. A "onda" do momento não é
ser magro, é ter muita, muita massa magra. Academias de ginástica lotam, dietas
mirabolantes surgem, médicos esteticistas e cirurgiões plásticos arrecadam
muito.
Mas, será que as pessoas que a isso
recorrem sabem por que o fazem? Ou será que fazem, para ficar como está na moda
"ser"? Será que fazem, porque se amam com super coxas, glúteos e
musculatura mega definida, ou fazem porque o atual padrão de beleza isso exige?
Será que são felizes com dietas restritivas e acordando cedo para erguer peso
ou ficam contentes, porque irão atrair olhares, por terem um shape da
"hora"?
Será que malham para manter a saúde
física ou para ter um corpo, que a maioria, tem como "atraente"? E o
celular que você sonha ter, lhe fará mais feliz ou você só o deseja porque é
"moda" e ele irá lhe fazer sentir-se abastado, poderoso? E o carro
que você financia em incontáveis vezes é uma necessidade real para a sua alma
ou mais uma urgência inventada? "Todos têm, todos fazem, quem tem é bem
julgado, quem 'é' (na aparência) assim é bem amado e bem quisto, então quero
ter, fazer e ser!".
Estranho, acho que simplicidade,
autenticidade, humor, alegria e atitudes elegantes e empáticas deveriam virar
moda! Acho que tratar a alma, a mente e seus embates psíquicos é algo mais útil
do que cuidar desesperadamente da aparência do que a terra irá engolir. Você
acha que por ter o corpo mega malhado será uma mulher amada e admirada?
Querida, se ame, se curta!
Ninguém gosta de uma pessoa cheia de
"mimimi" na mesa, na cama ou na roda de happy hour no bar.
Divirta-se, viva o momento, se solte: na mesa, na cama, na vida! Liberte-se.
Faça o que você realmente gosta, porque é feliz fazendo e não para se adequar à
um padrão que em anos irá mudar. Comprar? Carro, celular, roupas? Compre,
porque você gosta e necessita, não para aparentar que é bem sucedido.
O primeiro indício da realização
(aquela que cremos que os bem sucedidos possuem) é o sentir-se bem na própria
pele sem precisar pensar no que os outros irão falar. O bem sucedido não se
importa com o estado civil, com a família, com a casa, com o carro, com as
roupas que o mundo espera que ele tenha, simplesmente, porque ele é
extremamente feliz sendo ele mesmo e vivendo como deseja! Ser feliz é ser livre
e ser livre é não se importar com as opiniões alheias, ser livre presume amor:
amor a si mesmo, amor a própria vida e não a forma que a sociedade deseja que
se viva.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de dezembro de 2015.
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