Conselhos II
Por
que as pessoas acham tão simples e se acham tão sábias apontando “solução” para
os seus problemas? Por que, afinal, você recebe conselhos sem que lhes peça?
Conviver
em sociedade aliado ao salutar hábito de dialogar, dividir experiências e formas
de pensar faz com que, não raras vezes, as pessoas se dêem ao direito de se
meter onde não são chamadas.
Assim:
você reclama, fala dos seus problemas, medos, receios, enfim, você desabafa, é
um instinto natural de quem lhe cerca pensar que você precisa de uma “solução”,
de um caminho, então, o que as pessoas fazem, na melhor das intenções? Sugerem-lhe
idéias e caminhos que elas acham que serão bons!
As
pessoas nem sempre se metem na sua vida com más intenções, na maior parte das
vezes elas querem ser “eficazes” no auxilio, e esquecem-se de perguntar a si
mesmas se você esta apenas desabafando ou se você pediu: “O que vocês acham que
eu devo fazer?”.
Quando
você faz tal questionamento, deve, obviamente, ser educado ao ouvir qualquer
espécie de resposta. Nem todas serão uteis, nem todas serão válidas ou corresponderão
a realidade de seus sentimentos e pensamentos, mas se você perguntou, saiba
escutar!
Outro
fator interessante é o fato de que os seres humanos sabem ser juízes com maior
facilidade do que aturam ser “réus”, ou seja, gostam e conseguem analisar de
longe os “casos” da vida alheia com mais sabedoria do que se julgados forem ou se
precisarem analisar a própria vida.
Não
por menos vivemos em sociedade. É por isso que existem nossos pais, irmãos,
amigos, psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. Nem sempre a gente pede ajuda,
nem sempre a gente quer ouvir conselhos, mas, quando queremos, é sempre bom ter
quem nos ouça e, de preferência, compreenda, antes de criticar.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 23 de julho de 2012.
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