Lembranças
Não é porque você viveu momentos bons com alguém,
não é pelo fato de você cultivar boas lembranças, por ter sido demasiado feliz
outrora, que você queira repetir tais momentos com a mesma pessoa.
O ser humano cultiva, com freqüência, certa
melancolia, alguma saudade, o que nem sempre condiz com a vontade de voltar
atrás. Sentir saudades não faz do homem um caranguejo (aquele bichinho que anda
para trás!).
Todos se recordam dos momentos de felicidade e
alegria que tiveram, ainda que, quando os tivesse vivenciando, não valorizassem
seus sentimentos e sensações como elas mereciam ser estimadas.
A vida passa, o presente se torna passado, e bate aquela
“saudadinha”: é no futuro que encontramos no presente, que já será passado, as
alegrias que não víamos quando estávamos vivendo nele.
Vivemos, convivemos, nos apaixonamos, entregamos
nossa confiança e nosso coração para alguém, ficamos anos com certa companhia.
O fato de nos lembrarmos de episódios que envolva a presença de determinada
pessoa não significa que nós ainda a amemos.
Ela esta, é claro, guardada numa gavetinha da nossa
alma. Naquela em que colocamos quem nos foi querido, quem nos amou e quem nos
despertou fortes emoções. Falar de alguém, ter boas lembranças do passado com
ele vivido não significa que queiramos voltar ao ontem, mas que tivemos
momentos felizes e os valorizamos o suficiente para não esquecê-los.
Passo
Fundo, 24 de julho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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