Não compreendo!
Eu não aceito, sem sentir certo descontentamento interior,
aquilo que não consigo compreender. Não sou criança, eu sei muito bem que não é
porque eu desgoste de algumas coisas ou despreze certos atos que eles não ocorram
no mundo, mas não é por isso que meus princípios sejam menos aviltados pelo que
eu sei acerca do homem e seus atos.
Existem, portanto coisas que eu queria desconhecer,
que eu não gostaria de tomar conhecimento. Não aceito falsidade, infidelidade, “interesseirismo”
e desonestidade, não compreendo a deslealdade, nem o comodismo de certas
pessoas em manter relacionamentos que não lhes faz felizes. Não entendo aqueles
que vivem de aparências, que fingem que são felizes, mas são frustrados: algo
neles me dá asco.
Não consigo achar normal justificar traições, justificar
a vontade de ficar com outra pessoa pelo fato do relacionamento estar ruim,
morto ou falido. Se esta ruim, porque, por amor a si mesmo, não romper? Não encarar
a liberdade, não pensar sobre a vida e, então, esperar um novo amor, mas
sozinho?
Na verdade o amor e, conseqüentemente, uma relação amorosa
deve agregar alegria, cumplicidade e sabedoria em nossas vidas. Eu não aceito a
omissão das pessoas que se conformam com a própria infelicidade, que ficam, por
anos, inertes diante de um relacionamento que não lhes entusiasma, que não lhes
completa mais, que não lhes alegra ou faz feliz.
Eu sei que vivo no meu mundo e queria que todos
fossem transparentes e objetivos como eu sou, lamento demais ver os absurdos
que vejo, ouvir besteiras e mentiras hediondas e, com isso, me decepcionar com
os seres humanos e sua vergonhosa covardia e fraqueza diante do que pede
atitude e coragem.
Cláudia
de Marchi
Passo
Fundo, 07 de julho de 2012.
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