Felicidade
virtual II
Eu acho
interessante o papel das redes sociais no desenvolvimento ou estagnação da
mente humana, no quesito “autoafirmação”. Têm gente que usa o Facebook para
exaltar a sua felicidade, agradecerem a Deus a magnitude de sua vida, a
perfeição de seus dias, etc.
Não tenho
nada contra, mas chamo essa postura de “exibicionista”, porque as pessoas
querem mostrar as outras quão realizadas, contentes e felizes são. Quase
ninguém se frustra e divulga no mundo virtual, quando isso acontece, pasmo pela
franqueza do individuo!
Logo, você
não precisa mais de mesa de bar para se gabar, basta acessar a internet, (que,
como o papel, aceita tudo), e inserir detalhes sobre a sua vida perfeita e “tcharam”:
acreditar no que você diz, ou seja, que a sua vida é maravilhosa e você é um
abençoado por todas as divindades!
Você fez um
café da manha caprichado para o seu amado, mãe ou filha, faz aquela jantinha
especial e posta no Facebook! Que graça tem cozinhar, fazer um prato bonito,
abrir um vinho caro e não divulgar para os seus “amigos”?
Parece-me
que a metade das alegrias das pessoas se realiza no mundo real e a outra metade
na divulgação desta felicidade para os outros verem virtualmente. É uma
competição entre pessoas se autoafirmando e egos empolgados pela possibilidade
de se exibirem para quem desejarem.
Admira-me,
também, ver que, no mundo paralelo (o virtual), quase ninguém tem medo da
inveja alheia! Eita gente de coragem! Eu ainda conservo este “medinho”, embora
eu tenha fé, porém não “divulgada”!
Passo
Fundo, 23 de julho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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