Mais fortes
Eu não sei
aonde eu deixei as minhas crenças românticas, o fato é que a vida e o que eu
ouço das pessoas, sobre o seu sofrimento, dores e frustrações, me tornou uma
pessoa um tanto “socialmente fóbica”.
Eu tenho
medo de gente, eu tenho medo de me entregar, eu tenho medo de acreditar e me
decepcionar. Se eu já sofri muito? Claro, nenhuma pessoa desprovida de traumas
sofre tamanho abalo psíquico!
A questão é
que eu não vejo as pessoas agirem de acordo com o que elas dizem que sentem e pensam,
a questão é que atos contradizem palavras, a questão é que a forma com que as
pessoas vivem vai de encontro com o que elas afirmam que querem e que gostam.
Eu me sinto
perdida olhando o mundo, e eu não gosto nenhum pouco desta sensação de não saber
no que acreditar. De querer acreditar no melhor, mas dar de cara com uma
realidade a ele avessa.
Eu não gosto
muito de desconfiar, eu não gosto de não poder acreditar plenamente nas
pessoas, mas, sobretudo, eu odeio estas contrariedades, eu odeio esta discrepância
que existe entre o que sai da boca do homem e entre seus atos, entre o que ele
sente e a forma com que age.
Todavia, se
você não quiser enlouquecer ou ser mais uma pessoa que vive de forma antinômica,
é preciso se posicionar na vida e a minha posição é a de crer apenas em atos.
Palavras
podem ser bonitas e encantadoras, podem despertar, em minha alma, uma imensa
vontade de dar-lhes credibilidade, mas as marcas que eu trago nela me dizem:
pare, pense, espere e avalie as atitudes. É a vida! Somos o resultado do que
vivemos, às vezes menos sãos, às vezes menos crentes, às vezes, inclusive,
menos felizes, mas, quase sempre, mais fortes.
Passo
Fundo, 05 de julho de 2012.
Cláudia de
Marchi
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