Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 15 de novembro de 2008

A alma livre

A alma livre

A liberdade assim como todas as dádivas humanas se goza na alma. O homem não é livre porque esta só, porque não tem mãe, pai, irmãos, irmãs, namorada ou esposa junto dele, porque não "deve satisfações" à ninguém. Não é o outro, o "alheio" quem influencia a liberdade humana. O homem só é livre quando tem a alma livre, quando sente-se bem em si mesmo, consigo mesmo, quando sente o poder de gerir sua vida, seus sentimentos, sua liberdade, enfim.
A liberdade de espírito é a única liberdade verdadeira, o homem que a tem não se sente preso nem mesmo dentro de uma jaula. Ser livre no espírito é não se sentir inferior a nada nem a ninguém, é se sentir bem com a própria consciência e forma de sentir, de pensar. É não ter medo de amar, de se expor, de admitir as próprias fraquezas de reconhecer os próprios méritos, é não se subjugar aos pensamentos e criticas alheias.
É poder se ver só, mas não incompleto no mundo, é poder estar acompanhado diariamente sem se sentir escravo do outro, porque livre dentro de si mesmo. É poder ser de um amor sem se sentir fora de si mesmo. Ser livre não é atributo daquele que acha que não tendo nenhuma companhia afetiva pode fazer o que deseja: O homem que ainda não tem a alma liberta não consegue se entregar ao amor, por outro lado, o amor verdadeiro liberta, dá ânimo, empolga.
Aquele que precisa apregoar para o mundo que se auto-determina e que sempre se "manda" não é livre verdadeiramente, no fundo é escravo da opinião alheia, de preconceitos, de medos. O homem livre não perde sua liberdade por estar nesta ou naquela situação. Uma vez conquistada a liberdade de espírito ela jamais é perdida, pelo contrário, é cultivada e se expande. Depende mais da autoconfiança, auto-estima e alegria de viver do que de qualquer situação exterior.
Enfim, ser livre é ter o espírito e a alma libertos de medos, de receios, de preconceitos, de pré-julgamentos. É saber que o mundo é seu, que a vida esta em suas mãos para ser gozada sozinho ou acompanhado, que quando queremos nada pode nos aprisionar, porque a liberdade verdadeira é aquela que transcende a matéria, transcende o corpo do homem. Ninguém, pois aprisiona um homem de alma livre.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 15 de novembro de 2008.

Um comentário:

  1. Oi, Claudinha! Gostei de ver!Tuas reflexões ajudarão mjuitas pessoas, inclusive eu! Tenho orgulho de você e por você.
    Beijos. Tua sempre Profe!!!

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