Palavras cruéis
Todos temos muita responsabilidade pelo que falamos, de nossa boca saem elogios, de nossos lábios saem palavras que despertam apreço, carinho, afeto, mas também saem outras que despertam fúria, desdém, asco. Saem palavras capazes de causar no coração alheio ferimento que nem mesmo uma espada ou uma faca podem fazer num corpo.
A ira, a raiva, explicam blasfêmias, explicam chutes na parede, arremesso de objetos, lágrimas, mas não justificam afirmativas cruéis com quem não as merece. Ter raiva, embravecer, todos podemos, mas ser cruéis, humilhar, pisar no outro ninguém deve, ao menos que o faça assumindo o risco: O risco de perder o apreço do outro.
Assim como precisamos cuidar ao trafegar de carro em rodovias perigosas, freiar antes das curvas, diminuir a velocidade, sermos prudentes, precisamos aprender a usar as palavras com prudência, a se colocar no lugar do outro antes de lhe dirigir uma ofensa, e, principalmente a ouvir com atenção o que o outro expressa antes de nos manifestarmos, porque podemos entender errado, errar a estrada e causar um dano letal.
Auto-controle, capacidade para pensar antes de falar ou fazer algo são virtudes nobres num mundo onde a desonestidade e o desrespeito estão imperando. Respeitar o outro é a única forma de exercitar o preceito cristão de "amar uns aos outros", e, cuidar com o que falamos, em especial para quem amamos ou pretendemos cultivar o amor é essencial, porque assim como as palavras encantam, elas matam a admiração, assim como criam o entusiasmo, criam a mágoa, a dor. É preferível calar a arriscar falar o que não se deve.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de novembro de 2008.
Todos temos muita responsabilidade pelo que falamos, de nossa boca saem elogios, de nossos lábios saem palavras que despertam apreço, carinho, afeto, mas também saem outras que despertam fúria, desdém, asco. Saem palavras capazes de causar no coração alheio ferimento que nem mesmo uma espada ou uma faca podem fazer num corpo.
A ira, a raiva, explicam blasfêmias, explicam chutes na parede, arremesso de objetos, lágrimas, mas não justificam afirmativas cruéis com quem não as merece. Ter raiva, embravecer, todos podemos, mas ser cruéis, humilhar, pisar no outro ninguém deve, ao menos que o faça assumindo o risco: O risco de perder o apreço do outro.
Assim como precisamos cuidar ao trafegar de carro em rodovias perigosas, freiar antes das curvas, diminuir a velocidade, sermos prudentes, precisamos aprender a usar as palavras com prudência, a se colocar no lugar do outro antes de lhe dirigir uma ofensa, e, principalmente a ouvir com atenção o que o outro expressa antes de nos manifestarmos, porque podemos entender errado, errar a estrada e causar um dano letal.
Auto-controle, capacidade para pensar antes de falar ou fazer algo são virtudes nobres num mundo onde a desonestidade e o desrespeito estão imperando. Respeitar o outro é a única forma de exercitar o preceito cristão de "amar uns aos outros", e, cuidar com o que falamos, em especial para quem amamos ou pretendemos cultivar o amor é essencial, porque assim como as palavras encantam, elas matam a admiração, assim como criam o entusiasmo, criam a mágoa, a dor. É preferível calar a arriscar falar o que não se deve.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 20 de novembro de 2008.
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