Auto-engano
Engana-se quem acha que engana alguém. Os homens se deixam enganar porque desejam, consciente ou inconscientemente sê-los. Porque esperam demais e ouvindo do outro, muitas vezes, o que desejam acabam enganados. (Ora, como é fácil ludibriar afetivamente alguém: Basta sentir o que ele deseja ouvir e dize-lo!)
Existem, digamos, os estelionatários sentimentais, todavia a vítima do estelionato, via de regra é provocadora, possui, por trás de sua aparência inocente um viés de “esperto”, não à toa cai em certos contos esperando obter algum “lucro”.
Na vida afetiva do homem também: Existem relações tolas que seguem determinado rumo porque um dos dois, por carência ou qualquer problema afetivo semelhante, deseja “algo”, e o outro oferece algo (se não igual, semelhante “àquele esperado”) causando a entrega, o bem querer alheio.
Ah, ele foi “enganado” mesmo? Creio que não. Ele se deixou enganar baseado em seus ideais, sonhos e pouca análise da realidade, pouca inteligência e, digamos, muita vontade de ser “esperto”.
No fundo, o homem se engana sozinho, se deixa ludibriar sem perceber, ele é e sempre será vitima de si mesmo, o outro pode dar um empurrãozinho, mas quem sai correndo em busca de um “não sei o que” é aquele que, depois, vem afirmar que foi “enganado”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de novembro de 2008.
Engana-se quem acha que engana alguém. Os homens se deixam enganar porque desejam, consciente ou inconscientemente sê-los. Porque esperam demais e ouvindo do outro, muitas vezes, o que desejam acabam enganados. (Ora, como é fácil ludibriar afetivamente alguém: Basta sentir o que ele deseja ouvir e dize-lo!)
Existem, digamos, os estelionatários sentimentais, todavia a vítima do estelionato, via de regra é provocadora, possui, por trás de sua aparência inocente um viés de “esperto”, não à toa cai em certos contos esperando obter algum “lucro”.
Na vida afetiva do homem também: Existem relações tolas que seguem determinado rumo porque um dos dois, por carência ou qualquer problema afetivo semelhante, deseja “algo”, e o outro oferece algo (se não igual, semelhante “àquele esperado”) causando a entrega, o bem querer alheio.
Ah, ele foi “enganado” mesmo? Creio que não. Ele se deixou enganar baseado em seus ideais, sonhos e pouca análise da realidade, pouca inteligência e, digamos, muita vontade de ser “esperto”.
No fundo, o homem se engana sozinho, se deixa ludibriar sem perceber, ele é e sempre será vitima de si mesmo, o outro pode dar um empurrãozinho, mas quem sai correndo em busca de um “não sei o que” é aquele que, depois, vem afirmar que foi “enganado”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de novembro de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.