Pobres abastados
Muitas coisas me despertam piedade, dó, mas poucas coisas são tão antinômicas em si mesmas a ponto de me deixarem desconsertada, tamanho o mal estar e a compaixão que sinto ao ver que existem muitas pessoas que possuem bens materiais em excesso na vida e nem sempre conseguem (ou podem) confiar nos sentimentos daqueles que lhes cercam.
Deve ser ruim ter amigos, parceiros, mulheres, companhia, sem saber se o que lhes atrai é seu senso de humor, inteligência, alegria de viver, ou, simplesmente, "status", dinheiro, carro, aparência, beleza.
O pior de tudo é que pessoas inteligentes e abastadas em algum dos quesitos que a sociedade moderna supervaloriza (poder, dinheiro, beleza, posição social) trazem consigo uma certa desconfiança racional "o que será que ele quer comigo?". E, assim, com base nesta desconfiança que cria uma série de medos e bloqueios, pessoas realmente honestas, que realmente admiram o conteúdo por trás da capa e seus adornos vão sendo sutilmente afastadas da vida do individuo: De tanto "inteligentemente desconfiar" a pessoa acaba sendo tola com quem não merece.
Se é bom ser pobre, feio ou viver em baixa posição sócio-econômica? Não, provavelmente, tem suas mazelas. Mas resta a certeza de que a grande maioria dos amigos, das pretendentes e parceiros estão ali na sala, telefonando (ainda que a cobrar), e marcando festa e encontros pelo prazer da sua companhia e não por algo a mais que possa ser oferecido.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 1º de dezembro de 2008.
Muitas coisas me despertam piedade, dó, mas poucas coisas são tão antinômicas em si mesmas a ponto de me deixarem desconsertada, tamanho o mal estar e a compaixão que sinto ao ver que existem muitas pessoas que possuem bens materiais em excesso na vida e nem sempre conseguem (ou podem) confiar nos sentimentos daqueles que lhes cercam.
Deve ser ruim ter amigos, parceiros, mulheres, companhia, sem saber se o que lhes atrai é seu senso de humor, inteligência, alegria de viver, ou, simplesmente, "status", dinheiro, carro, aparência, beleza.
O pior de tudo é que pessoas inteligentes e abastadas em algum dos quesitos que a sociedade moderna supervaloriza (poder, dinheiro, beleza, posição social) trazem consigo uma certa desconfiança racional "o que será que ele quer comigo?". E, assim, com base nesta desconfiança que cria uma série de medos e bloqueios, pessoas realmente honestas, que realmente admiram o conteúdo por trás da capa e seus adornos vão sendo sutilmente afastadas da vida do individuo: De tanto "inteligentemente desconfiar" a pessoa acaba sendo tola com quem não merece.
Se é bom ser pobre, feio ou viver em baixa posição sócio-econômica? Não, provavelmente, tem suas mazelas. Mas resta a certeza de que a grande maioria dos amigos, das pretendentes e parceiros estão ali na sala, telefonando (ainda que a cobrar), e marcando festa e encontros pelo prazer da sua companhia e não por algo a mais que possa ser oferecido.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 1º de dezembro de 2008.
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