Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 6 de dezembro de 2008

Envolvimento emocional

Envolvimento emocional

Eu não reclamo da modernidade, eu não reclamo exatamente das relações “modernas”, não critico necessariamente a liberdade que virou libertinagem, o que mais me assusta é a falta de envolvimento emocional que ocorre entre pessoas que fazem juntas o que pode existir de mais sexy e íntimo.
A cada dia que passa as mulheres e homens passam a crer que “aproveitar” a vida é curti-lá sem compromisso, sem dever de fidelidade, sem, enfim, a responsabilidade pelo coraçãozinho de um outro alguém. Sexo? Arranja-se fácil muitas vezes é só pagar uma bebidinhas e fazer umas afirmativas elogiosas, as presas, carentes, caem fácil.
O “aproveitar a vida”, neste aspecto especifico, significa para quem o apregoa, ter alguém (ou vários) sem se envolver com ninguém, porque envolvimento significa admirar o outro, gostar da companhia alheia dentro e fora das quatro paredes de um quarto, significa se orgulhar do outro, fazer coisas divertidas juntos, respeitar sua liberdade e, assumir, pois a responsabilidade de ter uma relação com nome definido. Andar de mãos dadas nas ruas, nos bares, beijar em público, acarinhar, demonstrar afeto e sentir o coração palpitar na companhia desta pessoa.
Mas as pessoas fogem, elas passaram a ter medo do compromisso, do envolvimento emocional, como crianças com medo das reprimendas maternas. Eles se deslumbram com a possibilidade de ter todos e não ser de ninguém, até chegar o dia da maturidade real momento no qual surgirá o pensamento: “Tá, mas e o meu amor, aquele que posso chamar de amor, quem é e onde está?Cadê a pessoa que posso confiar e chamar de ´minha querida´”.
A vida engana, e o homem adora se divertir com os enganos que ele mesmo cria, vivendo “light”, para não dizer: Vivendo displicentemente, com pouca responsabilidade sob seus sentimentos e alheios. Comprometer-se, com quem vale a pena, assumir um amor que merece ser assim chamado, é uma sorte de poucos, porque os muitos que a tiveram, desperdiçaram em prol da “curtição”, como crianças que preferem brincar na hora de almoçar.

Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 06 de dezembro de 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.