Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Perto do fim do ano...
Sábios foram os que inventaram o calendário e o dividiram em anos. Tão sábios quando os que inventaram as férias, reconhecendo a necessidade humana de, após meses de trabalho intenso, colocar sua mente e corpo para repousar e descansar.O estresse mental causa muitos males, diminui a imunidade, de gripe à conjuntivite, de depressão à síndromes mais leves ou graves o ser humano fica mais vulnerável, dizem que pode ser culpa dos tempos modernos, da correria, da batalha, em que não apenas o homem mas as mulheres matam um leão por dia. Pode ser.Final de ano também é época de refletir, e toda reflexão, assim como tudo que chamamos através da memória do nosso ontem para o hoje faz reviver em nós diversos sentimentos, inclusive os mais desconfortáveis, as dores mais doídas, os fardos mais pesados que passamos e parecem que, revividos, nos sobrecarregam novamente. Mas é necessário, porque é olhando para trás que o homem aprende a agir do presente para diante.Essa reflexão também meche com o individuo. Nenhuma pessoa empreende algo pensando no fracasso, ninguém faz uma sociedade pensando que dará errado, abre um estabelecimento comercial pensando em uma derrocada, da mesma forma ninguém namora, casa ou vai morar com alguém pensando na frustração, no “the end”, muito embora ele sempre seja uma possibilidade.O homem investe seu coração, seus melhores sentimentos em seus empreendimentos afetivos, sentimentos que, provavelmente dinheiro algum pagaria. E quando dá errado? Faz um mea culpa, reflete, analisa as circunstâncias pessoais e alheias e, obviamente, tenta extrair do gosto amargo da frustração o sabor doce da maturidade, do aprendizado. É a única possibilidade, é o que lhe resta.O sofrimento ensina, mas também machuca, deixa cicatrizes que não gostaríamos de ter em nosso coração, quando se ama ou se estima alguém não se conta com a frustração, com o ver o lado negativo do parceiro e ter que abandona-lo. Quem ama, assim como todos que estão pensando no ano que se inicia, quer colher bons e belos frutos, quer sorrir, quer ter paz e ser feliz, sem mal estar, sem desavenças, sem complicações, sem ter que romper com sonhos, com desejos, com metas.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de dezembro de 2008.

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