Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Se for para sofrer (?)

Se for para sofrer (?)

Disseram-me que “se for para sofrer nesta vida, então que seja por amor”. Eu concordei. Até que resolvi pensar que amar não faz sofrer, que o que dói é a frustração de um amor terminado, mal resolvido, ou, simplesmente, mal construído.
Todos sofrem pela frustração de um bem querer ao menos uma vez na vida. Afogamos nossa tristeza num livro de poesia, num copo de whisky, numa taça de espumante às duas da madrugada, num encontro desencontrado pelas ruas da cidade, num porre ou numa boa dose de remédio pra dormir (o sono, a fuga dos covardes que sofrem- dentre os quais me inseri várias vezes).
A gente tenta é fugir da dor. Da pior das dores que é a de um coração partido, de uma decepção, a dor do luto na tentativa da conformação: “Era amor? Era desejo? Era paixão? Virou frustração: Agora aceite e siga adiante”. É este o recado da vida para o amante frustrado que se debate em pensamentos, lágrimas e aquela dor no coração que não é de infarto mas aperta doído como uma pequena facada.
Fato é que a vida pulsa, que a vida nos possibilita amar de novo, reconstruir velhos e fazer nascer novos amores. O coração dói, os olhos choram, mas a vida pulsa, e enquanto existir vida, fé e esperança, existirá no coração do homem a fé no amor.
Não no amor que faz sofrer, mas no amor que dura além das expectativas, no amor de equilíbrio, de respeito, de companheirismo, no amor que segue adiante ilustrado pelas mãos dadas dos amantes que sabem o que desejam entre si: Doar-se um ao outro, sem cobranças ou desrespeitos.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 27 de dezembro de 2008
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