Falando com a vida
Então vida, fechamos nosso pacto: eu não sou perfeita, você também nunca me apresentou a perfeição, logo eu desisto de desejá-la e você para de me colocar a prova!
Cansei de ser testada, cansei de suas provações, quero pedir água e sentar-me um pouquinho na sombra, você andou judiando demais de mim nos últimos tempos, foram difíceis, foram duros, foram demais para uma mulher sem preparo aguentar.
Confesso que sou uma pessoa que não foi preparada para enfrentar dificuldades. Sim, uma mulher que teve sempre tudo o que pediu, que não teve irmãos, que teve um pai afável e provedor, uma mãe protetora e tias mimadoras e adoráveis.
Enfim, em matéria de carinho e afeto, tive todo o amor do mundo. Uma pessoa que foi criada para ser amada, não para ser contrariada, magoada, ferida e judiada. Não para sofrer e enfrentar o que eu já enfrentei por qualquer vão motivo, afinal, “motivos” não importam, os resultados e o efeito deles em nossa alma é que têm importância.
Eu sei, eu sei vida, você quis me testar, bater de frente comigo, cá entre nós, eu até que não me sai tão mal, pelo menos eu sobrevivi, ou melhor, como diria o Roberto Carlos, no mínimo, “emoções eu vivi”, disso eu tenho certeza, se lhe agradei ou não, isso é outra história, um dia, certamente, acertaremos nossas contas, daí você me explica tudo, por enquanto quede-se silente que para mim já esta bom.
É, o silencio é sempre uma boa resposta, você me ensinou isso, aliás, com todas as suas provações aprendi que calar a boca é ótimo! As pessoas deturpam o que a gente não fala, mais ainda o que a gente diz! Tem muita gente maquiavélica nesse mundo, eis outra de suas lições. É vida, você me ensinou tanta coisa que é impossível listar, bem, vou me calar, no dia daquele nosso acerto tête à tête a gente coloca as cartas na mesa!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 setembro de 2012.
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