Auto-análise
Palavra não é nada, atitude é tudo. Cansei de ouvir conselhos, cansei de falar o que eu pensava e deixei de pensar, cansei de projetar meus defeitos naqueles que coloquei em meu passado para me sentir mais leve no presente, cansei de ouvir conselhos baseados no que eu falava. Se me auto- iludia terminava por enganar o outro involuntariamente de forma que todos os conselhos gerados foram viciosos, inúteis na realidade.
Na verdade ninguém melhor do que nós mesmos para nos “aconselharmos” nesta vida. Os outros olham tudo com outros olhos, com os seus obviamente e não raramente enxergam muito diferente do que nós. Ou pensamos e decidimos por nós mesmos ou estaremos garantindo nossa infelicidade em prol da idéia alheia.
Da mesma forma precisamos pensar e repensar sobre tudo em nossa vida, principalmente sobre nossas atitudes. Será que realmente somos bons como queremos crer que somos? Será que realmente fizemos e fazemos o nosso melhor? Será que buscamos ser sinceros e verdadeiros conosco antes de apregoar estas virtudes por ai?
Enfim, precisamos tomar atitudes baseadas em nossa reflexão e esta deve ser desprovida da nossa hipócrita vontade de nos sentirmos “bondosos” e superiores ao outro, o que, diga-se é um grande sinal de nossa imaturidade psíquica. Todavia a função de qualquer sinal é indicar algo e sendo ele constatado cabe a nós agirmos e, logicamente, mudarmos.
Atribuir culpas e deméritos aos outros é inútil, reclamar e se lamuriar também, chorar, da mesma forma, de nada ajuda. Se chorar servisse para muita coisa todo depressivo se curava num instante. O negócio é tentar manter a lucidez e não perder o foco de nossa análise: Nós mesmos. Não adianta julgarmos o outro sem termos nos analisado minuciosamente e conhecido (e nos auto admitido) todas as nossas fraquezas e imperfeições.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 20 de julho de 2010.
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