E lá se foi a esperteza...
Ora, por favor, onde foi parar a razoabilidade das pessoas, aquela delicada esperteza que as impede de entrar em barcos furados? Seria pedir-lhes demais um pouco de racionalidade e uso mínimo da inteligência que, presumo ainda, Deus tenha lhes dado?
Que bando de gente sem noção de auto respeito, decoro e vergonha na cara anda solta por ai! Confesso que a cada conversa com a ala masculina que me cerca mais me apavoro com a pouca auto-estima da maioria das mulheres que se dão mais fácil do que aquelas que vivem do corpo e de seu desempenho sexual.
Já escrevi certa vez que do jeito que anda a mulherada não vai tardar para as prostitutas falirem. Conseguir sexo hoje em dia esta cada vez mais fácil, basta uma boa fala suave, algumas lorotas, certo investimento financeiro e deu: “Nosso amor é tão bonito, você finge que me ama e eu finjo que acredito”. Ou melhor, esta era a frase dos bons tempos em que metade dos neurônios femininos era usada, hoje em dia o fato é que “o nosso amor é muito lindo você mente que me ama e eu acredito realmente”.
Confesso que não são apenas as mulheres que estão agindo como bestas, alguns homens também andam esquecendo de usar a razão. Ao que me parece algumas pessoas precisam que hajamos com bastante empenho em abusarmos da verdade, ou, mais especificamente, algumas pessoas para entender nossas intenções ou ausência delas precisam que sejamos grosseiros, letais nas afirmativas.
É, infelizmente, “lá se foi a esperteza das pessoas” (para onde eu não sei, quem souber publique um livro para ajudar essas pessoas desamparadas). Não quero e nem aprovo pessoas maliciosas, pessoas frias e astutas ao extremo, mas um pouquinho de esperteza é um bom escudo contra dores desnecessárias, contra “dores de amores inexistentes”, contra ilusões criadas no vácuo de mentiras ou, simplesmente, na ausência de verdades notórias que só não vê quem, realmente, não quer ver. Meu amigo, invista em realismo para não desperdiçar sentimentos, perder seu tempo e terminar com um grande déficit de afetividade e amor próprio por quem não quer saber de você e de suas boas intenções.
Cláudia de Marchi
Wonderland, 28 de julho de 2010.
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