Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 3 de julho de 2010

Limite, para mim, não há.

Limite, para mim, não há.

Se desejas, ou precisas
que eu faça o que tu queres,
e molde minha vida
à tuas expectativas,
desistas de mim, porque
se o céu é infinito e para ele não há limite,
saibas que, para mim também não há.
Meu limite não é a concretização de meu desejo,
nem a realização do mais alto sonho que almejo.
Limite: para mim não há, nem haverá,
porque quando eu chegar no lugar
que sempre quis,
e alcançar, a meta que almejei,
olharei adiante e verei,que a vida é finita,
mas as possibilidades não findam,
e que há muito o que, na existência, realizar.
Há muito sangue para dar, muita alma para crescer,
muito sentimento para doar.
Não queira me submeter,
nem tenha egoísmo ao me amar,
de forma que,para mim,
venha a desejar o que tu crês que é bom
e que me fará feliz ,
de acordo, apenas, com teu pensar.
Eu sei o que me faz feliz (e sou!),
então, se me amares e meu bem quiseres,
me dê a liberdade de ser quem sou,
assustadoramente livre na alma,
espantosamente quente no desejo,e no espírito,
forte no corpo, convicta nos sonhos,
e, assim me ofereça e me dê o que quero, e muito não é:
Amor,atenção, carinho, fidelidade e respeito.
Porque eu traço o meu caminho e guio minha vida na certeza de que a intensidade de meu ser,
me faz desconhecer, qualquer barreira ou empecilho
que me faça aborrecer,e, se alguém,
porventura tentar, meu caminho atrapalhar,
e a mim quiser barrar,
pretendendo a minha vida comandar,
esse alguém experimentará o sabor amargo
do abandono, porque à ninguém atrapalho,
mas, se alguém, minha vida atrapalhar,
e meus sonhos frustrar,
para trás será deixado,
afinal limite, para mim, não há.
Não tenho medo de nada, porque
sei que esta vida é uma passagem,
onde não há dor,ou amargura,
tristeza ou ausência,
saudade ou carência,
que eu não possa ultrapassar.
Mas minha liberdade e meus sonhos,
não permito, não deixo e nem deixarei
paixão alguma afetar.

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 20 de agosto de 2004.

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