A burrice fantasiada de inteligência.
Não existe inteligência em uma visão uníssona da vida. Se você só lê uma categoria de livros, se você só ouve um ou dois tipos de musicas, se você só vai para o mesmo lugar veranear ou almoçar, comendo sempre a mesma coisa é porque seu cérebro deixou de ser curioso e, portanto vivo e instigante, porque instigado. É preciso exercitar a mente, ouvir com atenção músicas desconhecidas, colocar o preconceito de lado, que, certamente, até dentre o “desprezível” surgirão canções belas. É preciso provar novos pratos, novos sabores. A vida é uma só, ainda que não creiamos nisso, certo é que certezas não existem. Aliás, o ponto forte do homem inteligente é a dúvida, é a curiosidade que instiga, que impulsiona que lhe faz sair do trivial, do rotineiro, que lhe faz ler autores, hoje, desconhecidos, que amanha serão ovacionados, citados e aplaudidos. Foi pela curiosidade que a América esta ai, quem se contenta apenas com suas certezas mesquinhas é porque é mesquinho, tolo, ignorante. Quem não pára para ouvir um conselho, quem não reflete sobre seus próprios atos, quem, sem conhecer nada acerca de determinado indivíduo, o estigmatiza por meia dúzia de palavras ditas, não é normal, é esquizofrênico. Precisa de tratamento. Viver é conviver, viver é dar amor a quem nos merece, é amar quem é conosco afim, e respeitar com honradez quem não amamos, ou, quiçá, nem sequer simpatizamos, porque, por mais diversos de nós que o outro possa ser algo de bom, o mínimo que seja, ele terá. E a menor bondade faz a vida valer a pena porque anula a maior das maldades que provém do orgulho, da falsidade, da malícia, do egoísmo, e do interesse em obter quaisquer tipos de vantagens alheias. Cáudia de Marchi Passo Fundo, 28 de março de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.