Foi-se o tempo...
Foi-se o tempo em que eu guardava os números de telefone dos vários "caras" que se interessavam por mim no meu celular. Foi-se o tempo em que eu tinha muitos contatos no “MSN”, foi-se o tempo em que eu tentava olhar para os lados para ver se eu chamava atenção.
Na verdade foi-se o tempo em que chamar a atenção alheia era interessante para mim e que eu conversava alegremente até com quem não me despertava interesse.
Hoje eu ando focada em coisas muito diversas de romances, de paqueras e flertes que nunca me cativaram. Flertes que ficaram no âmbito “virtual” para o meu ego deduzir: “Eles me querem, eu não”.
A maturidade me tornou objetiva: se eu não os quero, não converso, não dou trela e minimizo minha habitual simpatia. Não guardo telefone algum em minha agenda de celular, e apago pessoas que não me interessam do meu MSN, com exceção dos meus amigos, porque estes me interessam muito ultimamente: Amigos, trabalho e as palavras, claro.
Foi-se o tempo em que beleza, altivez, humildade, simpatia, cultura e respeito, por si só faziam eu me interessar por alguém. Eu ando difícil, um pouco mais dura do que sempre fui. O estranho é que por trás da dureza existe (sim!) uma vontade de amar. A questão é que ninguém esta parecendo “amável” aos meus olhos.
“Como essa mulher é complicada”, pode ser uma afirmativa procedente, mas eu diria que estou, sou e sempre fui complexa, e a maturidade, por sua vez, apenas me tornou mais dona de mim, mais autoconfiante e, portanto mais seletiva. Seletiva como eu pensava que era, mas nunca fui até realmente amadurecer. Até realmente ter errado, sofrido e aprendido.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 1º de março de 2011.
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