A Cláudia de antes
E eu que nada bebia, que nunca perdia a plausibilidade e racionalidade dos meus atos, eu que sabia ser puritana nos momentos certos, eu que nunca me embriaguei, para sempre estar no controle, e nunca esquecer de nada que eu tivesse feito; de repente me perdi, me virei do avesso, e, em certas horas me indaguei: onde eu fui parar?
Entre meio a desilusões, a humilhações, a juras de amor insanas, a atos enlouquecedores, a trocas de boas pessoas por outras ludibriadoras, entre meio ao arrependimento que me maltrata dia noite, noite e dia, sigo vivendo e lutando como posso apesar de ter tomado certas decisões (erradas) e colocado fé em quem não merecia.
E é o pesar que me fez ir a busca de tratamento, para reencontrar a “Cláudinha” sempre alegre, sempre sóbria, sempre auto-prevervadora que sempre foi, até alguém tirar-lhe um pouco dela mesma, um pouco do amor e da inocência doce que ela nutria, calada, por si mesma.
Cáudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de março de 2011.
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