“Vergonha na cara pós-moderna”
A “vergonha na cara” na pós-modernidade me assusta. Na verdade nem sei se é possível chamar de “vergonha” o que me parece ser, apenas, um disfarce hipócrita.
As pessoas não têm vergonha de trair, de enganar, de roubar, de ludibriar os outros, elas têm “vergonha”, isto sim, de serem descobertas, elas temem que a vileza de seus atos seja conhecida pelos outros.E, para tanto, mentem e enganam.
Os indivíduos não se importam com seu caráter, mas com sua reputação, com o que os outros pensam ou irão pensar sobre ele, sobre seu agir, sobre sua personalidade.
Foi-se o tempo em que as pessoas pensavam em agir com nobreza. Hoje elas pensam, antes mesmo de seu agir, em como disfarçar seus erros. Não ocorreu perda da consciência sobre o certo e o errado, apenas, descobriu-se que é possível ser falso, que é possível falar bonito, enganar e pregar moral inexistente em si mesmo.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 21 de março de 2011.
A “vergonha na cara” na pós-modernidade me assusta. Na verdade nem sei se é possível chamar de “vergonha” o que me parece ser, apenas, um disfarce hipócrita.
As pessoas não têm vergonha de trair, de enganar, de roubar, de ludibriar os outros, elas têm “vergonha”, isto sim, de serem descobertas, elas temem que a vileza de seus atos seja conhecida pelos outros.E, para tanto, mentem e enganam.
Os indivíduos não se importam com seu caráter, mas com sua reputação, com o que os outros pensam ou irão pensar sobre ele, sobre seu agir, sobre sua personalidade.
Foi-se o tempo em que as pessoas pensavam em agir com nobreza. Hoje elas pensam, antes mesmo de seu agir, em como disfarçar seus erros. Não ocorreu perda da consciência sobre o certo e o errado, apenas, descobriu-se que é possível ser falso, que é possível falar bonito, enganar e pregar moral inexistente em si mesmo.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 21 de março de 2011.
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