Caindo na real.
Sabem aqueles dias, aquelas madrugadas insones que, no ócio, você se coloca a refletir? Pois bem, tenho tido muitas noites e madrugadas destas, em que eu olho para um quadro enorme com uma foto minha que há no meu quarto e me pergunto: quem era ela? Quem, pois, sou eu?
O que une o meu “eu” de hoje com o de alguns anos atrás? O que me separa dele? As decisões, as escolhas, as renúncias, obviamente. Todavia eu sou aquela que continua dormindo com ursinho de pelúcia, até quando era casada.
Opa! Uma decisão rara a favor de um cliente meu, após um recurso, no Judiciário! Que alegria! Mas, afinal, eu sou aquela que esta descontente com a advocacia ou aquela que, no fundo, tem medo de se frustrar novamente em seu ofício de batalhas com os colegas desonestos?
Eu sou a desiludida afetivamente, que de tanto sofrer aprendeu a ser fã de música sertaneja, ou eu sou a adolescente que fazia das músicas da Legião hinos a serem ecoados na escola? Eu sou aquela que fez de tudo por amor, ou a covarde que voltava para os mesmos braços por carência e solidão? Eu sou a moça que repetia atos (Freud explica, meu bem) ou a mulher que se amarra em casa para não repetir o que não lhe fez bem em qualquer aspecto?
Eu sou aquela que foi muito amada ou causou insegurança aos respectivos amores? Eu sou a mulher consciente e dona de si, eu sou a mulher decidida que não se arrepende do que faz e sempre tem um sorriso para dar? Ou sou a antipática, ou aquela que “sorri” demais e é criticada? Eu sou inteligente, esperta ou inocente? Definitivamente: Primeira e terceira opções estão corretas, sou e sempre serei uma tola que crê no amor e na lealdade das pessoas.
Eu sou todas estas e muito mais, enfim. Continuo sendo um poço de antinomias numa pessoa só, sem ser complicada, nem perfeita, eu sou humana e simples. Todavia, o fato é que, ao mundo, não importa quem eu sou realmente, mas o que as pessoas (que de “nada” a “coisa nenhuma” sabem de mim) dizem, pensam ou inventam sobre mim. Finalmente, esta sou eu: “caindo na real”.
O que une o meu “eu” de hoje com o de alguns anos atrás? O que me separa dele? As decisões, as escolhas, as renúncias, obviamente. Todavia eu sou aquela que continua dormindo com ursinho de pelúcia, até quando era casada.
Opa! Uma decisão rara a favor de um cliente meu, após um recurso, no Judiciário! Que alegria! Mas, afinal, eu sou aquela que esta descontente com a advocacia ou aquela que, no fundo, tem medo de se frustrar novamente em seu ofício de batalhas com os colegas desonestos?
Eu sou a desiludida afetivamente, que de tanto sofrer aprendeu a ser fã de música sertaneja, ou eu sou a adolescente que fazia das músicas da Legião hinos a serem ecoados na escola? Eu sou aquela que fez de tudo por amor, ou a covarde que voltava para os mesmos braços por carência e solidão? Eu sou a moça que repetia atos (Freud explica, meu bem) ou a mulher que se amarra em casa para não repetir o que não lhe fez bem em qualquer aspecto?
Eu sou aquela que foi muito amada ou causou insegurança aos respectivos amores? Eu sou a mulher consciente e dona de si, eu sou a mulher decidida que não se arrepende do que faz e sempre tem um sorriso para dar? Ou sou a antipática, ou aquela que “sorri” demais e é criticada? Eu sou inteligente, esperta ou inocente? Definitivamente: Primeira e terceira opções estão corretas, sou e sempre serei uma tola que crê no amor e na lealdade das pessoas.
Eu sou todas estas e muito mais, enfim. Continuo sendo um poço de antinomias numa pessoa só, sem ser complicada, nem perfeita, eu sou humana e simples. Todavia, o fato é que, ao mundo, não importa quem eu sou realmente, mas o que as pessoas (que de “nada” a “coisa nenhuma” sabem de mim) dizem, pensam ou inventam sobre mim. Finalmente, esta sou eu: “caindo na real”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 05 de maio 2011.
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