A introspecção e a maturidade
A introspecção se torna habitual para o homem, vez que, na medida em que amadurece, é natural que passe a confiar num menor número de indivíduos, de forma a expor menos seu interior aos outros. Frise-se que não falei “confiar menos” nas pessoas, mas em menos pessoas.
A cada experiência que temos, seja no circulo de colegas de turma, de trabalho, de profissão, seja nos grupos de festa, ou naquele tradicional grupinho de “amigos com aspas” que possuímos, percebemos que são raros os que merecem nossa plena confiança.
Ao constatar isso passamos por uma pequena crise: a do afastamento. Refletindo, ficando a sós conosco e curtindo melhor a nossa própria companhia e pensamentos, verificamos quem merece e quem não merece nossa atenção, Lamentavelmente, averiguamos que muitas pessoas que merecem nosso apreço, por algum motivo, não podem estar ao nosso lado com a freqüência que desejamos.
É, são os males da “vida adulta”, tão almejada quando não possuíamos independência alguma, e tão “estranha” quando percebemos que, mesmo podendo ir para onde desejamos e fazer o que queremos, nem sempre teremos alguém realmente legal e confiável para nos fazer companhia.
A maturidade grita aos homens: “aprendam a serem contentes sozinhos, encontrem a paz e não a melancolia nos momentos de solidão, aceitem-se e selecionem bem quem vai entrar em seus corações!”. Não são todos que ouvem, uns precisam sofrer mais decepções que outros para compreender tal realidade, mas o fato é que ninguém sai desta vida sem aprender a referida (gritante) lição.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de maio 2011.
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