Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os descontrolados

Os descontrolados.


Eu não suporto gritos. Não suporto pessoas descontroladas, iradas, instáveis e, obviamente, desequilibradas. Uma pessoa normal e psiquicamente saudável não desconta sua fúria gritando com os outros ou agindo com extrema impaciência: uma pessoa equilibrada pensa antes de falar e agir, logo, não grita, apenas age.
Tenho quase certeza que pessoas que gostam de gritar e não se importam com seu desequilíbrio interior deveriam trabalhar como boiadeiros ou algo do tipo já que não assumem sua personalidade e não se internam num hospital psiquiátrico. Claro que os animais não merecem os gritos que ouvem, mas eles precisam para “andarem” juntos, ademais eles não pensam.
Gente, ser humano, seja filho, marido, esposa, empregado, colega, amigo, ninguém merece aturar o seu desequilíbrio, por isso existem psiquiatras e psicólogos. Se você não agüenta algo, se esta infeliz e descontente, os outros não têm culpa e você vai afastar todas as pessoas sãs da sua vida, inclusive as que lhe amam e, com tantos motivos e gritos ouvidos, não vai ser difícil para elas lhe esquecer, certo?
As pessoas equilibradas agüentam os gritos dos raivosos assim como os enfermeiros, familiares e médicos suportam os delírios dos psicóticos e esquizofrênicos. Eles são vistos como insanos, e nenhuma pessoa racional quer discutir com um louco: eles se poupam porque louco é louco! O melhor é ficar quieto e ignorar já que ninguém sai com uma seringa de Haldol na bolsa.
Todavia, o perigo de conviver com uma pessoa sem controle sobre sua agressividade, raiva, e demais emoções é que essas pessoas além de magoar podem lhe enlouquecer ou transformar você num ser humano igualmente desequilibrado.
Os mais “mansos” se deprimem os mais agitados perdem o equilíbrio, mas ambos acabam por deixar sua normalidade psíquica soterrada, enquanto o doente nunca irá admitir que é mentalmente frágil e descontrolado, não por menos é preferível um desequilibrado e demente diagnosticado do que aquele que se faz de “normal” e, cedo ou tarde, mostra sua insanidade tentando achar motivos racionais para seus atos impensados.


Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 31 de maio 2011.

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