A verdadeira riqueza
O homem não tem sabedoria o bastante para crer que as maiores riquezas são aquelas que ele não enxerga, não conta e, muitas vezes, nem percebe ou valoriza.
Mal sabem as pessoas que o poder esta dentro delas ao lado da riqueza, suas grandes ambições terrenas. Desejando tudo o que o dinheiro pode comprar, a beleza cativar, e aos outros ostentar, mostram-se pobres e vis, cegos para o que realmente possui valor.
Não estou dizendo que dinheiro não é bom, não sou hipócrita. Dinheiro honesto, trabalhado e valorizado é bom desde que o homem tenha maturidade para tê-lo e desde que a ele, e ao que ele propicia comprar, não se escravize. Numa sociedade materialista o homem abastado “conquista” tudo, e termina acreditando que é ele quem o faz, quando, na verdade, é o seu mestre: o dinheiro. Belas (?) mulheres, amizades, festas, convites, amores falsos, tudo captado pelo dinheiro, portanto sem valor, sem sabor, sem sentido.
São raras, mas ainda existem pessoas que procuram, além do encanto da beleza, o real e verdadeiro encantamento gerado pelas virtudes, pelo bom caráter, pela moral límpida e pela consciência tranqüila que resplandece no olhar e na energia que emana um homem de bem, aquele cujo coração é rico e a alma, belíssima.
De todas as riquezas, pois, que pode ter um homem, é na sua alma e no seu coração que se encontram as genuínas, as que realmente possuem valor, as que realmente lhe dão felicidade, serenidade e paz. Rico será o mundo quando disso se aperceber. Por enquanto, pois convivemos com ricos miseráveis e pobres ricos: abençoados sejam os que sabem distingui-los.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 09 de maio 2011.
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