Plantando, semeando e colhendo.
Nada de bom pode nascer em solo mal cuidado e cheio de inços, é preciso limpar, preparar a terra, para, então, plantar bons frutos, semeá-los, para que apenas no tempo certo eles mostrem quão belos são. É preciso calma para plantar, paciência para colher, e entusiasmo para festejar a boa colheita.
Na vida, assim como na agricultura, também é assim, obviamente, nada é calculado, previsível, aliás, é esta a emoção maior: de nada sabemos, mas precisamos zelar pelo nosso coração, precisamos ouvir nossa intuição- a voz da alma que nos impulsiona,- e, então, deixar a sementinha do bem-querer cair, para, os frutos nascerem, de preferência no solo regado e cuidado com zelo e afeto.
Não é possível plantar discórdia, vinganças, desaforos, egoísmo, ofensas, humilhações, e querer colher bem- querer, confiança, afeto. Não é possível plantar desdém, desprezo, desapreço e colher atenção e carinho.
A vida é dos emocionalmente inteligentes, mas é dominada pelos emocionalmente ignorantes, por seres que não estão nem ligando para os corações alheios e para os seus próprios, por pessoas materialistas e vãs.
Mas eu sei que neste mundo “estranho, com gente esquisita” existem pessoas como eu e como você, que apesar de tudo, ainda acreditam no amor, no bom plantio, na boa semeadura e na próspera colheita. Sem nenhuma dependência do acaso, porque nada ocorre por conta dele nesta vida.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 03 de maio 2011.
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