Não II.
Às vezes você esta passando por um período de carência, de mudança, onde sua auto estima declina e você deseja se elevar buscando diversão ou toda forma de distração para não ter que se auto-analisar, esta é uma das fases em que o “sim” impera na sua boca.
Você conhece uma pessoa diferente, que aparentemente não combina com você e diz “sim” para seus sentimentos mal nutridos em relação a ela, ou então você conhece uma pessoa super legal, mas que não deseja o que você deseja em tal momento- ela quer liberdade quando você quer compromisso, ou vice versa,- mas, apesar disso, você diz “sim” para seus desejos. Em ambos os casos você se machuca.
A tarefa mais difícil de todas é aprender a dizer não à nossas ilusões, e dizer sim a racionalidade e a nossa intuição, aceitar aquele “algo” dentro de nós que diz que esta ou aquela estrada não nos levará a lugar algum, ou, apenas, não ao lugar que desejamos ir (quando sabemos que lugar é esse).
Dizer não para si mesmo é difícil e é uma tarefa que apenas as pessoas maduras conseguem cumprir, ainda que a maturidade tenha sido alcançada à custa de muitos “sim” que não deveriam ser ditos. Fato é que, quem diz sim para tudo, acaba dizendo não para a própria paz de espírito.
É preciso dizer não a muitos desejos, a muitas vontades, quando, de uma forma ou outra, se sabe que, no final, elas não vão compensar e que o prazer imediato é menor que a dor que virá em longo prazo. Esta realmente é uma tarefa para gente grande. Grande e grandiosa.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 26 de maio 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.