Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Solidão do bem.

Solidão do bem.


Depois de algum tempo afastada da maioria das pessoas que conheço, e dos locais que, outrora eu “simpatizava”, para uma interessante hospedagem no meu lar, tendo apenas minha mãe como companhia, para pensar a respeito da minha vida e atitudes, concluo que a solidão pode ser excelente.
É melhor ficar só do que ter que ouvir histórias que não gostamos e ter que ser “cordial” com o interlocutor psicótico, do que ouvir mentiras de gente que tenta se fazer de “santa” ou reflexões hipócritas de gente mal resolvida. É preferível ficar só a ter a companhia de gente que é o avesso do que somos, mas que supre nosso medo da solidão. Medo que não tenho mais, afinal a melhor companhia para uma pessoa madura é ela mesma.
Descobri que eu, uns DVDs e um bom vinho, formamos um trio forte e sapiente, mais ainda quando dois lindos gatos persas nos fazem companhia. Voltei a descobrir que tenho na minha mãe minha melhor amiga, com quem posso contar, nas madrugadas de insônia ou em qualquer momento, para boas conversas com ou sem um chimarrão a nos acompanhar.
Eu que tinha certeza que nasci para conviver, em especial para ter uma vida de “casada”, sei, agora, que me dou muito, mas muito bem sozinha, sem precisar de junção de gente que nem sempre me estima, de pessoas que me enganam ou mentem, de barulho, jantares ou amizades fajutas.
Não é por isso que deixo de crer que eu e um amor verdadeiro faríamos um belo par, mas hoje eu sei quão bom é estar longe da falsidade e perto de quem realmente me valoriza, de quem posso confiar por ser leal e sincero: eu, minha mãe, e poucos e bons seres humanos que me visitam quando desejam, afinal, para estes. a minha porta sempre está aberta.
Tomo a liberdade, pois de adaptar o verso de nosso poetinha, dizendo: fundamental é mesmo o amor, mas é possível ser feliz sozinho, porque em paz, tranqüilo, em equilíbrio interior, mas, sempre com a doce esperança de reencontrar um novo, intenso e profundo amor.


Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 16 de maio 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.