Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Felicidade e ignorância

Felicidade e ignorância 

 Não escondo de ninguém que concordo com as frases praticamente filosóficas do Dr. House, apesar, é claro, de achar a sua sinceridade demasiada em inúmeras situações. Dentre as várias frases do personagem que uso seguidamente, uma delas é esta: “Se quer mesmo ser feliz, vai ter que aprender a ignorar muita coisa.” 
Ninguém convive com outras pessoas mantendo o desejo de ser feliz se não for capaz de tolerar pensamentos diferentes, atitudes que frustram as suas expectativas e ocorrências da vida que contrariem os seus desejos. 
 A felicidade é privilégio dos ignorantes, enfim, daqueles que, naturalmente, desconhecem algumas coisas ou dos que escondem de si mesmos o que conhecem em privilegio do anseio de ser feliz, de ter ou manter a paz em seu íntimo. 
Pessoas muito “donas de si”, que desejam que tudo ocorra do seu modo e que os outros preencham suas expectativas, costumam se frustrar com freqüência. Costumam ser mais infelizes do que felizes, enfim. 
Da mesma forma que, criaturas demasiado altruístas, que pensam no bem estar de todos, que não se sentem em paz pela miséria dos países menos desenvolvidos, pelas situações catastróficas que se passam no submundo do nosso mundo, não se dão o direito de serem felizes. 
É impossível ser feliz sem ser um pouco egoísta. Diga-se, inclusive que pessoas felizes e apaixonadas possuem mais vontade de espalhar alegria e felicidade para quem não é feliz e contente. Se é preciso um pouco de egoísmo para ser feliz, é verdade que a felicidade torna o homem menos egoísta nos aspectos mais negativos da questão. 
Aliás, todos os sentimentos no mundo, inclusive o altruísmo e o egoísmo, devem ter alguns limites. Pessoas que não se dão ao direito de ser felizes pelas catástrofes do mundo, acabam por demonstrar certa ingratidão com o bom que a vida lhes deu. 
Ignorar muitas coisas para sentir-se feliz não é feio, não é ruim. Feio, por outro lado, é olvidar dos motivos que se tem para ser feliz, por levar tudo demasiado a sério. Sem uma dose de leveza, senso de humor e ignorância ser humano algum encontra a felicidade em si. 
 Cláudia de Marchi 
 Passo Fundo, 22 de janeiro de 2013.

Um comentário:

  1. infelizmente concordo. que a gente tenha que ignorar pra ter momentos de felicidade fala do mal que esta a humanidade...

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