Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Sobre evoluir.

Sobre evoluir.

Incrível como a gente muda com o tempo! Analisando-me tenho um doce orgulho do que me tornei! Quando eu tinha 20 anos me irritava quando meu namorado (que tinha 40) se atrasava do futebol! Irritava-me, porque ele ia jogar bola e não ficava me mimando! Ora essa, eu era o "suprassumo" do universo, merecia ser abanada com um leque nos dias quentes, servida com uvas italianas na boca e ter o dito cujo 24h aos meus pés!
Eu ficava furiosa com as reuniões do respectivo com os amigos homens para comer e beber. Fui abstêmia, além de "fitness" (malhava até no sábado, mas, desde sempre, comia mais que um homem) até meus 27 aninhos e depois de duas cervejas eu já julgava o meu parceiro como "bêbado", mas não pedia para ele parar de beber, porque eu até podia ser chata, mas sempre tive classe.
Enfim, eu era bonita como boa parte das jovens, bochechuda, tinha uma irritante cara de 16 anos, mas era insegura e arrogante. Disfarçava minha insegurança com minha capacidade de persuasão: convencia o sujeito que estava correto, de que ele estava errado e ainda o fazia desculpar-se (coitado!). Hoje não! Se o cidadão quiser jogar futebol todos os dias, pode jogar.
Se quiser beber com os amigos diariamente, pode beber. Enfim, além disso tudo eu achava lindas as declarações de amor que haviam no falecido Orkut. Hoje em dia, com exceções provenientes de declarações feitas em datas especiais, eu acho um despropósito as "melações" afetivas- virtuais.
Presenteie a namorada, fale pessoalmente, mande mensagem, bilhete, flores, diamantes, mas escrever posts enormes me faz desconfiar que o cara é inseguro, chato, mal dotado ou que aprontou algo.
Não, meu romantismo não morreu por completo, assim como o meu "que" de chata, eles só se aprimoraram. Nada que mais de uma década não faça por nós! Eu sempre me pergunto o que meus ex da minha faixa dos "inte" viam em mim, já que eu era abstêmia, mimada e insegura e eles estavam na faixa dos "enta"! Mulher em forma existe com qualquer faixa etária caso o requisito fosse beleza!
Concluo que, ao menos eu era inteligente, de boa conduta, culta e madura em outros aspectos, eles é que não tinham muita coisa boa para oferecer para uma “balzaca”, porque quando a gente chega nos 30 e é independente, meu caro, a insegurança evapora!
A gente bebe e paga a conta sem se importar com o que os outros vão pensar, deixa o outro livre para ir aonde quiser (com a ressalva de que, dependendo do lugar, é melhor nem voltar) e, sobretudo, não se contenta com qualquer um, com qualquer coisa! A exigência nos comanda, porque, se nuns aspectos a paciência dilatou com a maturidade, noutros a impaciência e ausência de vontade de ser pacífica prepondera.
A mesma maturidade que nos faz pacíficos nuns aspectos nos faz intolerantes noutros! Ah, uma mulher mais vivida, madura e balzaquiana não se contenta com o "razoável", com o "bonzinho" nem na horizontal e nem na vertical! É preciso ser muito homem para ter uma mulher madura, independente, decidida e bonita, assim como é preciso ter um “h” maiúsculo para agradá-la fora dos "mimimis" das redes sociais, das palavrinhas doces e da ostentação de “teres” e “poderes” que as novinhas de hoje em dia adoram ouvir.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de setembro de 2015.

Sobres os faladores infelizes.

Sobres os faladores infelizes.

"Fulano era pobre, ficou rico, só pode ter feito maracutaias". "Beltrana tem dinheiro, não tinha, só pode ter logrado o ex-marido pra ficar bem." "Sicrano têm dinheiro, não o conheço, mas 'sei' que é esnobe". "Aquela é bonita, bebe bastante, só pode ser vadia ou fácil". "Ele é bom advogado, a esposa é bonita, mas ele é infiel".
"Beltrano só se relacionou com mulher burra e vadia, só pode ser incompetente como homem e estupido". “Fulana é inteligente, mas é pobre, ele não tem estudo, mas é rico, só pode que ela esteja com ele pelo dinheiro!”. “Fulana é mais velha, sicrano é mais jovem 15 anos, só pode que ele esteja com ela, porque ela é abonada!”.
Amigo, tire a sua maldade da vida alheia! O seu preconceito é seu, assim como a perfídia, a estupidez, a tosquice. Enquanto você menospreza quem mal conhece, enquanto usa a sua língua felina para critica-lo e se sentir menos inútil no mundo, os outros são felizes! E, ainda, dão risada da sua cara.
Perfeito ninguém é, mas eu desconfio que quem perde tempo falando mal da vida alheia e fazendo pouco caso de quem conhece superficialmente é uma espécie muito infame e infeliz de ser humano. Cada um vive como quer, você não é colchão, banco, bolso ou gestor da vida alheia para dela cuidar. Na realidade, você é intelectualmente medíocre e psiquicamente frustrado e infeliz, do contrário iria fazer qualquer outra coisa ao invés de cuidar da vida alheia! Sei lá, se masturbar é mais interessante!
Eu me sinto feliz ao ver pessoas bem sucedidas e inteligentes. De todos os defeitos que tenho, a inveja e o preconceito nunca me assolaram! Admiro pessoas inteligentes, empreendedoras e ousadas, ainda que diferentes de mim em alguns talentos, elas são corajosas e coragem e brio são por mim admirados!
Gosto de me cercar por quem não se escraviza a opinião alheia, de quem não tem medo de ser criticado e de quem liga o "foda-se" para a mediocridade e críticas alheias. Criticas, 9 em 10 vezes, provenientes da inveja e do recalque alheio por não poder “ser” o criticado. Para mim, estar próximo de pessoas corajosas, inteligentes e pensantes é uma benção! Se eu quiser ir para o inferno nesta vida basta aproximar-me de gente burra ou fútil, destas que falam dos outros, porque não tem nenhum assunto que preste e a sua vida vai de mal a pior!
Parte superior do formulário
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de setembro de 2015.

Pequeno manifesto contra a grande porcaria chamada “Estatuto da Família”.


Pequeno manifesto contra a grande porcaria chamada “Estatuto da Família”.
E eles, os nossos legisladores de quinta categoria, aprovaram a imundície do PL 6583/13, vulgo Estatuto da Família! Um retrocesso em relação às mutações constitucionais, a melhor jurisprudência pátria, ao bom senso e à modernidade!
Mas, quem são os nossos legisladores né?! Semialfabetizados, palhaços, jogadores de futebol, fanáticos religiosos que não seguem o amor de Cristo. Tem religião, mas não tem amor, impõe o ódio e à intolerância e seguram a bíblia na outra mão! Estado laico? Opa! Laico, o que é laico? A essas alturas acho que é o nome do cão do Marco Feliciano ou do hamster do Malafaia.
Algo a dizer: hashtag vergonha! Eu, minha mãe, Zeus e o Pequeno Bolota somos uma família. Eu e Zeus já fomos uma família. Minha aluna adotada e seus pais e irmãos adotivos são uma família. A mãe do bebê do meu namorado e seu filho são uma família. Meu namorado e os filhos são uma família.
A ex esposa dele com a filha deles e o bebê que espera são uma família. Duas mulheres e um filho são uma família. Meus amigos hetero, casados há décadas, sem filhos e com três cães são uma família. Meus amigos gays são uma família.
Meu amigo viúvo e a filha são uma família. Meus amigos hetero, casados há anos e que não querem filhos, são uma família. Minha conhecida que inseminou e tem duas gêmeas forma com elas uma família. Uma amiga que teve um filho e o cria sozinha com a mãe dela tem uma família. E proveio de uma já que a mãe a criou sozinha, também.
Um casal homossexual de amigos e o filho, cuja adoção está em trâmite, são uma família. O Estatuto da Família? É um lixo, uma porcaria, uma merda! Fere de morte a Constituição brasileira, fere de morte os julgados do STF e dos tribunais vanguardistas do Brasil, fere de morte o conceito cristão de amor e fere o amor!
Família é onde existe estabilidade afetiva. Família é onde há amor e aprendemos a amar. E é amor no coração que está faltando no legislador brasileiro. Isso sem falar no cérebro e neurônios, porque, sinceramente, esse povo não pensa! E não ama.
Ademais, pobre Jesus! Filho de uma entidade intocável e invisível, de uma mãe virgem, criado juntamente com um pai adotivo, ele não teve família! Não segundo o legislador brasileiro, este mesmo que se diz cristão e tirou de Cristo a família que teve. É, meu amigo, o fim do mundo está aí, só não vê quem não quer!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de setembro de 2015.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sobre mulheres...

Sobre mulheres...

Sobre mulheres Fábio Reynol no texto “Mulher – Manual de Preservação da Espécie”, cuja autoria, nas redes sociais, seguidamente vem atribuída a autores famosos que nada tiveram a ver com o seu escrito de gabarito! Disse ele majestosamente:
“Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.
Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.
Flores também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza. Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia. Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado.  Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar.
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Só tem mulher quem pode!”.
Fato é que, atualmente, os homens não estão querendo mulheres, mas vagabundas ou outros homens. Sabe por quê? Só uma mulher sem brilho, que, como vagalume, só brilha pela bunda e de quatro, silencia diante da falta de carinho. Assim como só outro homem aceita “brutalidade”.
Mulher de verdade, que não tem medo de dizer o que quer, não se resigna com homem relapso. E, se bem observado, ela vai deixar na cara que ele está a perigo: ou de levar um pé na bunda ou um par de guampas.
Claro, tal decisão depende muito do senso ético da mulher, mas fato é que, no quesito necessidade de afeto e carinho, toda mulher se equipara. Toda mulher é igual! Ou a gente tem, ou a gente pula fora!
Não importa se o parceiro é milionário ou tem um QI digno do Einstein, nós queremos nos sentir amadas, valorizadas, desejadas, prezadas! E a gente reclama sim, quando não temos o que desejamos.
E nós não reclamamos por chatice, ao contrário do que os “pseudohomens” pensam! Nós reclamamos é por gostar, por prezar, por amar! A mulher ideal para o homem tosco é a mulher que não o ama: aquela que não reclama de nada, que está com ele “por estar”, esta não se importa de receber quirela, restos, resquícios de afeto de “quando em quando”.
Essa, meu amigo, ou tem outro, ou está “matando” tempo com você até achar alguém. Mulher que gosta do homem que tem, quer ficar com ele e não poupa em lhe dizer o que ele pode fazer por ela: “Querido, largue o celular, me beije”, “querido, capriche no sexo oral”, “querido, pare de dar atenção pra periguete desconhecida nas redes sociais”, “amor, me elogie mais”, “querido, me beije mais” e etc..
Mulher quando gosta do homem, mas não depende dele pra comer e se vestir, fala o que quer ou deixa de querer, elogia o que está bom e reclama do que não está. Sabe, por quê? Porque ela não quer deixa-lo, ela quer, apenas, que ele aprenda a ser homem e não um mero “portador de testículos” e passe, então, a agir com afetuosidade e maturidade.
Agora, quando a gente não quer “nada com nada”, qualquer coisa contenta, simplesmente, porque não queremos você ou somos lésbicas nos passando por “hetero”, daí, nesse caso, qualquer homem de quinta que se acha macho alfa nos serve. O problema do mundo, é que tem muito homem dizendo que “adora” mulher, mas não sabe agradar a uma, seja no sexo oral, seja no sexo convencional, seja fora da cama! Ai que dó!


Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de setembro de 2015. 

“Influencias do meio”: um grande engodo!

“Influencias do meio”: um grande engodo!

Eu não acredito em influencias externas para atitudes equivocadas. Sou fã do livre arbítrio, isto sim! Não acredito que toda mulher casada que comece a estudar resolva virar infiel e “bodegueira”, não acredito que amigos influenciem o outro a agir de forma moralmente avessa ao seu instinto.
Acredito, porém, em pessoas de parca moralidade e princípios que usam as oportunidades que surgem para expor sua vileza. E, convenhamos, que fazer merda em grupo é mais divertido e, ainda, gera “desculpas” que convencem bem aos desavisados e pouco instruídos: “Ah, mas o pessoal insistiu!”, “ah, mas todo mundo fez”, “ah, mas eu preciso viver”, “ah, mas minhas amigas falaram que não é errado” e assim por diante.
Desculpas esfarrapadas que não convencem nem parede de hospício! Todo ser humano com autoestima e idade superior a 12 anos de idade sabe muito bem o que é certo e errado e, se age errado, é porque quer.
E qual a razão deste mal fadado “querer”? Depende: pode ser vontade de se enturmar, vontade de se aparecer ou, simplesmente, aproveitamento da oportunidade para ser quem sempre foi, mas nunca conseguiu se “soltar” ou nunca teve fácil acesso a desculpinhas “coitadistas” pra enganar otário!
Simples! Eu comecei minha faculdade com 17 e terminei com 22 anos, namorei durante todo o curso e nunca sai sem meu namorado para paquerar outros, fiz pós-graduação na capital do RS aos 23/24 anos e nunca sai para paquerar os gatos na agitada noite porto-alegrense sem ser para encher o estomago com um dos melhores churrascos da cidade e muita coca-cola “zero” para a consciência não pesar.
Sempre me relacionei com minhas colegas, mas sempre tive senso critico para saber que muitos dos seus atos eram estúpidos, imaturos ou de mera putaria mesmo! Enfim, eu sou eu, os outros são os outros e eu nunca me influenciei por ninguém.
Quem se deixa levar pelas influencias não é frágil, “influenciável” ou tolinho, é imbecil, sem cabeça e mal intencionado mesmo! Aliás, e o que é pior: é covarde, porque justifica as suas burrices culpando quem não tem nada a ver com sua indecorosidade moral.  
Aliás, retifico as 6 primeiras palavras que compõe o paragrafo antecedente: não existem influencias, existem pessoas que agem de forma imoral e atribuem ao “meio” a culpa pelo que fazem por livre e espontânea vontade. O meio não influencia, quem faz o “meio” são as pessoas que o compõe e pessoas imorais farão um ambiente imoral, mas, valendo-se da sua covardia, atribuíram ao que é “exterior” a elas, a culpa pela sua vileza.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de setembro de 2015. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Minha crença! E que continue doce!

Minha crença! E que continue doce!

Eu não discuto mais alguns assuntos! Não sou ateia, mas a Bíblia é, para mim, apenas um livro que deve ser interpretado em conformidade com a época histórica em que foi escrito. Não o superestimo, enfim.
Não creio em 7 pecados e por aí a fora. Nunca cri! Existe algo em mim que nunca me deixou crer nisso! Creio na ética e na moral, nos erros antiéticos e imorais, creio na ciência, na explosão de estrelas e nada disso não é "divino" para mim.
Espiritualidade e ciência coexistem na "religião" da minha alma! Não sigo nenhuma doutrina religiosa, mas a minha espiritualidade. Jesus foi o maior psicólogo e filósofo que já existiu.
Acredito que tinha a alma evoluída e deixou-nos lições de amor que boa parte dos cristãos não seguem e é por isso que alguns dependem de professar uma religião para serem mais "leves": erram com o próximo, logram e traem, logo se não forem orar aos domingos, como irão dormir durante a semana? Para mim, ser bom e não fazer ao outro o que dele não se deseja é uma "religião", para mim existe uma força arquitetônica do universo que se cindiu em nós e habita em nossa consciência.
Mas nem todos chegam a ela! Ela vive em nós, naquela voz interior que está conosco frente às inúmeras situações inexplicáveis que nos ocorrem. Enfim, não venha discutir suas crenças comigo, se Cristo nunca discutiu religião ou forma de viver com ninguém, não serei eu quem o fará.
Não quero convencer ninguém do que creio, quero viver em paz e dar aos demais, exemplos de amor e respeito ao diferente. Não sou perfeita, não sou crente, mas sou justa e me pauto na ética da reciprocidade. Não ofendo para não ser ofendida, mas não titubeio em ofender se sou.
Não sou santa, não ofereço a outra face a tapa, eu revido mesmo! Não me importo se o meu amigo é ateu, judeu, muçulmano, espírita, umbandista, católico, protestante ou evangélico, se ele for bom, inteligente e respeitoso ele continuará meu amigo! Mas terá o meu silêncio e as minhas costas se me concitar a discutir sobre religião. Esse é o único assunto, além de política dos anos 80/90, que me nego a debater.
O segundo, porque pouco me recordo e o primeiro porque jogar palavras ao vento não é "comigo"! O amor e o respeito ao próximo ainda são as crenças mais fortes e justas que conheço.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de agosto de 2015.

Mulheres: empoderem-se!

Mulheres: empoderem-se!

Está na moda a palavra “empoderamento”, significando a necessidade de a mulher apoderar-se de si, de suas vontades, de suas opiniões, de sua vida e, enfim, tornar-se poderosa! Quer saber?! Eu acho é tarde!
Fui educada numa família constituída, na maioria, por mulheres independentes. No entanto, minha mãe que foi independente até os 30 anos e que por “amor” deixou de ser. Deixou a faculdade de Matemática no ano da conclusão (formatura) e deixou para trás quase 12 anos de trabalho no magistério.
E o “amor” dela foi “eterno” por 27 anos em que, em que pese, haja existido amor, houve muito silencio em prol da dependência econômica. Como se erigir contra opiniões e atos tidos como estúpidos do marido que paga o que a esposa come, veste, fuma, bebe?
Acho que o primeiro passo para o empoderamento é a independência intelectual do machismo, enfim, o amor próprio da mulher, o segundo e igualmente indispensável é a independência financeira.
Se um chefe manda nos empregados, porque, pagando-lhes o seu salário é a eles hierarquicamente superior, um marido acabará, infelizmente, exercendo poder de comando sobre a esposa que come e se veste com o dinheiro dele. Portanto, queridas jovens cujo sonho é casar com homem rico: “sejem menas”! (Uso um português tão equivocado quanto a sua ideia e sonho estúpidos).
Não importa se o marido é mais rico, se ganha muito mais que você! Você pode ganhar qualquer valor incluso, até mesmo, na faixa de isenção de imposto de renda, o que você não pode é ter um provedor dormindo ao seu lado. Alguém que sustente todos os seus gastos.
A dominação do homem sobre a mulher diminuiu muito ao longo da historia na medida em que as mulheres saíram da posição de mães de família e “donas do lar” para o mercado de trabalho. Isso por quê? Porque mulher que se sustenta não precisa ser obediente, fica porque ama e é respeitada ou salta fora e muda de parceiro.
O marido ser bem sucedido pode ser admirável, afinal, é prazeroso para uma mulher independente ver que tem, ao lado, um homem inteligente, ambicioso e competente no que faz. Todavia, independente disso não permita que ele lhe sustente. Presentes, agrados, ou seja lá o que for podem ser validos, até mesmo românticos e necessários, mas pagar o que você come, as calcinhas que veste e o absorvente que usa, em pleno 2015, é inadmissível!
E, se você admitir, compreenda: ele se sentira no direito de dizer que você come demais, usa calcinhas demasiado caras e que seu absorvente intimo não oferece um “custo/beneficio” justo. Ou seja: quem banca, manda! Fuja de ser bancada e, consequentemente, a porta da rua será uma bela serventia no dia em que o parceiro ousar lhe mandar ou criticar. Apodere-se querida!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de agosto de 2015.


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

As mulheres e suas paranoias estéticas.

As mulheres e suas paranoias estéticas.

Acho extremamente triste a mania que as pessoas desenvolvem, desde a infância, de não se gostarem fisicamente. As mulheres, por conta da criação e da sociedade machista, são tão peritas na arte da “não aceitação” que beiram à futilidade crônica.
São reféns de padrões de beleza criados de tempos em tempos! E, assim surgem mil “cismas”: não basta ser magra, ser “acinturada”, a criatura coloca na cabeça que tem que ter a barriga chapada, lisa, lisíssima.
Tem umas que chegam a comer 10 palitos de batata frita, tomar um copo de cerveja e irem ao banheiro vomitar. “Ui, Deus me livre inchar minha barriga!”. Da mesma forma que não basta ter coxa e perna firmes, é preciso malhar muito, erguer muito peso e fazer agachamento para ter a coxa do Adriano “Imperador” em seus tempos futebolísticos áureos!
Ah, bunda, não, não basta ter bunda! Tem que ter uma “gravidez anal”, praticamente! Aquelas bundas ficam tão gigantes que parece que a mulher está gravida no traseiro! Arre! “Ah, mas as mulheres que rebolam na televisão são assim!”, eis a justificativa.
Não basta ser elegante, é preciso se matar para perder peso, ganhar massa, colocar silicone, fazer lipo isso e lipo aquilo. As mulheres estão se cobrando demais fisicamente, o que é vergonhoso. Isso não seria tão tragicômico se também se cobrassem intelectual, psíquica, profissional e moralmente.
Sei lá, fazer terapia, por exemplo, pra diminuir as paranoias, se amar mais para afugentar a insegurança, trabalhar mais para não depender de homem até para comprar absorvente e não precisar fingir orgasmo pra não estragar o namoro com o pretendente abastado financeiramente.
Ah, mulherada! Estamos em 2015, por favor, sejam mais! Não tem nada errado em se amar, não tem nada de errado em se olhar no espelho e dizer: “Eu não sou perfeita, mas eu sou linda e perfeição não existe!”. Simples!
É muita vontade de ficar magra, de ficar sarada e pouca vontade de ficar mentalmente leve e psicologicamente saudável. É muita vontade de ter uma aparência agradável e pouco esforço para ter um intelecto admirável, para ter uma forma de proceder e de viver interessantes. É muita necessidade de ser perfeita que, na hora do sexo, nem sei como essa mulherada paranoica transa! 
Você pode morrer malhando, você pode se submeter a mil procedimentos estéticos e cirúrgicos, você pode parar de comer ou se “afundar” em peito de frango grelhado, batata doce e quinoa: sempre existirá alguma imperfeição no seu corpo, tente ao menos batalhar pela perfeição intelectual, psíquica e mental, porque essas, minha amiga, o tempo não irá corroer!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de setembro de 2015. 

Pais e filhos.

Pais e filhos.

Os pais percebem seus amigos e amores falsos antes de você, seus anseios tolos, suas expectativas demasiadas e suas ilusões antes de você. Pais não deviam ser menosprezados, porque ninguém no mundo lhe ama como eles.
O grande equívoco das pessoas na juventude é achar que um "amigo" ou um "amor" vale mais, ama mais ou quer "mais" o seu bem que seus pais. Amor de mãe e pai é a única espécie incondicional de amor que existe. Independe até da consideração e do respeito que, não raras vezes, você não lhes dá.
Ninguém no mundo que tenha amor próprio suporta desrespeito e desconsideração, só os seus pais lhe perdoam por tudo, portanto, valorize e ouça-lhes, fora de seus conselhos, dados com amor, somente a dor irá lhe ensinar e o sofrimento é sempre uma péssima ideia.
O maior sinal de imaturidade psíquica do ser humano é o pouco caso que se faz dos conselhos e opiniões de seus pais. O jovem que, hoje ignora a opinião do pai, amanha chora no ombro dele, amanha pede desculpas e, amanha, se arrepende por ter sido estupido.
Dizem que o ser humano aprende pelo amor ou pela dor. Só que esse amor, a forma primaria deste amor é a que nossos pais nos dão. É preciso sim aprender ouvindo os pais e, neste quesito, eu me orgulho de mim na maioria dos aspectos e lamento muito, muitíssimo, as pouquíssimas vezes em que não ouvi minha mãe.
Nenhum amigo vale um embate familiar, nenhum amor vale um embate familiar. E, se valer, não será necessário o embate, bastará você demonstrar aos seus pais que eles podem estar equivocados. Se, de fato eles tiverem, por amor a você eles mudarão de opinião, fora isso, tenha uma certeza: o imaturo e iludido é você.
Não menospreze as opiniões de quem lhe trouxe ao mundo, de quem sabe mais do mundo do que você, não menospreze as opiniões de quem morreria por você, acredite, ninguém mais no mundo será capaz disso. Talvez você, quando tiver os seus filhos.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de setembro de 2015. 

Sobre a falta de educação dos universitários.

Sobre a falta de educação dos universitários.

Às vezes, depois de um dia de trabalho a gente chega em nosso lar, deita na cama e agradece a Deus por ter autocontrole. Agradece a Deus por não ter uma arma e, ainda pensa que algumas pessoas só foram espertas enquanto espermatozoides.
Impossível não concluir isso quando, no meio de uma aula, de uma importante explicação, para ser exata, um aluno de outra turma abre a porta sem bater e entabula um "diálogo" gesticulado com alguém que está na sala assistindo aula.
Ou quando, no meio da explicação, quase ao término da aula, um bem aventurado levanta e lhe entrega um trabalho que deve ser entregue a seguir (no final!) ou, e o que é pior de tudo, um aluno resolve sair da aula e segue se "despedindo" do coleguinha de pé enquanto você explica a matéria e se obriga a fazer uma pausa para o "importante" terminar seu "importante" assunto sem perder o fio da meada, afinal, longe de mim enquanto professora "atrapalhar" meus pupilos lhes dando aula. Ora, isso seria uma imperdoável heresia!
Assim como existem os que não prestam atenção, conversam, ficam focados no facebook e se irritam com o professor quando ele está transmitindo algum conceito e eles se "perdem". Eu presumo que alguns alunos, assim como alguns seres humanos não sabem respeitar os mansos e educados, menos ainda os alegres e humorados.
É preciso que a paciência, diante da falta de educação, acabe num "esporro" para que a confusão entre bom humor e idiotia termine. Essas pessoas jamais poderiam reclamar dos professores que julgam arrogantes ou parcamente educados. Esses lhes dão o que eles, praticamente, imploram.
Parece-me, infelizmente, que o ser humano não tem preparo para o bondoso, para o maleável, para o gentil. Ele diz que quer gentileza e educação, mas termina confundindo tudo isso com burrice, tolice ou retardamento mental. Enfim, faz pouco caso. Desmerece e decepciona.
Todavia, enquanto existirem os bons, os educados e os agradáveis ser educado, gentil e humorado valerá a pena. Isso, claro, mantendo a minha humana "reserva" ao direito de ser sarcasticamente estúpida frente a um ato mais estúpido ainda como, por exemplo: "Obrigada por abrir a porta sem bater e interromper a minha aula para fofocar". Não entendo porque, nessa hora, não usam o WhatsApp ou mensagem SMS. Seria menos grosseiro. Ou bater à porta e chamar o professor antes de abri-la! ! Putz, isso seria muito, muito mais adequado.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de setembro de 2015. 

Bettyfariando.

Bettyfariando.

Eis que minha mãe acabou de falar que acha horrível essa mulherada de bunda grande e coxas e pernas imensamente grossas. Na visão dela são mulheres desproporcionais e gordas na “parte de baixo” do corpo.
Lembrei-me da polemica causada pela atriz Betty Faria em seu comentário infeliz. Sim, infeliz, mas muito “dramatizado”! E se ela tivesse dito que tem repulsa a gente “seca”, causaria o mesmo impacto? Sinceramente, acho que é muito “mimimi” e concordo com a velha senhora quando ela, rebatendo as criticas, disse que o país está um caos e que um comentário não deveria ter tanta repercussão.
Só falta o senado querer criminalizar a tal da “gordofobia” agora! Ela disse também, na reportagem, que sempre lutou para não ser uma “velha gorda”, bem, deve ter se sacrificado demais e isso é um problema dela!
Eu, pessoalmente, não tenho repulsa a nenhum tipo de corpo, só sei que me odiaria se eu fosse desproporcional. Porque, como minha mãe, eu gosto de simetria, de proporcionalidade. Esses corpos que muitos acham lindos e “gostosos” eu acho terríveis!
Coxão, pernão, bundão excessivamente malhados e cintura fina, por exemplo. Sim, acho feio. Acho que proporcionalidade e equilíbrio é fundamental na beleza feminina de forma que acho muito lindas as gordinhas “parelhas”.
Vejo que, atualmente, o gosto da mulherada que malha feito louca e o de alguns homens está mais para "homem com clitóris" do que para mulher elegante, bela e simétrica! Eu acho péssima essa modinha! Acho terrível, tenebrosa! Betty Faria não gosta de gordas, eu não gosto de exageros musculares. Acho tenebrosos! 
Desproporcionalidade me lembra algo como “elefantíase” e eu não curto. Sempre disse que meu ideal de beleza corporal feminina era a Deborah Secco e Juliana Paes, passou daquilo, pra mim, é exagero. É o meu gosto, poxa! Tá, agora serei apedrejada por isso?
Ah, para né povo?! Cada um tem o direito de gostar e de falar o que gosta sem ser taxado como preconceituoso. Existem muitos problemas sérios para uma “mera questão de gosto” causar polemica. Cada um tem seu gosto e suas predileções e o preconceito está é na cabeça de quem vê “preconceito” em tudo.
Ninguém é obrigado a achar a gorda bonita, a magra bonita, a musculosa bonita. E ninguém é obrigado a ser hipócrita e dizer que acha. Chego a conclusão de que estamos vivendo na era do “drama”. Uma simples afirmação, por mais estupida que seja, ecoa Brasil a fora.
Não estou aqui dizendo que a atriz foi feliz na manifestação dela, não porque ela não gosta de gordas, mas pela forma “nojentinha” com que ela se manifestou. Só por isso. De toda forma, ainda que eu não concorde com muitas coisas, sempre defenderei o direito alheio de falar.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de setembro de 2015. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Dicas.


Dicas. 
Eis que graças ao pedido de um aluno não irei escrever apenas esculachando homens toscos no meu blog! Agora a nova “temática” é “instruir” a parte infame do sexo masculino a se tornar “algo” menos fútil, superficial e idiota.
Então, vamos à primeira postagem da “professora Cláudia por um mundo de homens melhores”: Amigo homem, primeiramente, você se gosta? Você se admira? Ou você só gosta do que tem? Carros, casa, bens, dinheiro, aparência, posses, empresa? Então, se você se gosta, se você tem orgulho de tudo o que fez e das escolhas que tomou na vida, se você vive bem consigo mesmo, então pode pensar em se relacionar com alguém.
Agora, meu amiguinho, veja que tipo de relacionamento você deseja: quer sexo? Quer amizade colorida? Quer namoro instável? Quer namoro sério? Visto isso, aprenda a analisar a conduta feminina e ser seletivo, afinal, seu adorável órgão sexual não foi encontrado no lixo (deduzo, obviamente). Acredite, existirão as mulheres que só querem sexo, as que só querem amizade e as que só querem namoro.
Nenhuma delas é obrigada a lhe querer, nunca se esqueça disso. Fato é que, cabe a você descobrir, no entanto, porque ela quer uma coisa ou outra. Pode ser que exista até mulher que queira casar e ter filhos, mas desde que o cara seja endinheirado, logo, se você é pobre, nem invista, porque o pé na bunda será inevitável.
E, se você for rico, abre o olho, porque de nada adianta chama-la de “biscate” se você é otário o suficiente para ficar com a dita cuja que só aproveitou a oportunidade para colocar a “perereca a juro”. Enfim, é obvio que uma mulher em busca de um provedor será praticamente “muda” diante de qualquer disparate, logo você vai adorar o ser “servilismo”!
Mulher assim contenta-se com sexo meia boca, ausência de romantismo, de afeto, de atenção, de dialogo, de cultura, enfim, se contenta com um cartão de crédito, uma viagem, bebida de boa qualidade e jurará amor eterno e que você é o “melhor amante” do mundo! Abre o olho, orelhudo!
Enfim, analise a pretendida e sopese seus atos: seja atencioso, seja romântico, seja doce, seja gentil, mas, se apesar de tudo a mulher se mostrar uma inculta, mal educada e grossa, então jovem rapaz, caia fora! Sabe o brocardo “dar a César o que é de César”?
Logo, não é qualquer uma que merece um homem intelectual, interessante, romântico e inteligente, logo, se a criatura despreza isso tudo, saia de perto! Enfim, homens, aprendam a valorizar quem lhes valoriza e merece, as demais, mandem se f****! Ah, ultima dica: ser romântico não é sinônimo de ser trouxa, viu?!
Não deixe nenhuma criatura lhe fazer de capacho, lhe mandar, lhe tirar bens e brio, mulher pega nojo de cara servil que aceita coisas inaceitáveis. Se vocês gostam de uma “dama na sociedade e uma puta na cama”, a gente gosta de um “lord” que beije nossas mãos na sociedade, um macho alfa (que beije tudo, inclusive os nossos pés) entre quatro paredes e um homem mais macho que nós mesmas no trato conosco, podendo ser até um pouco “marrento” no trato com os outros!
Homem frouxo não, por favor! Não se esqueçam de que a mulher que um homem ama revela mais da moral dele do que da dela. Um cara de valor, não fica com mulher sem valor. Portanto, antes de tudo, descubra qual é o seu.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de setembro de 2015. 

Os mal resolvidos.

Os mal resolvidos.

Estou numa fase da vida em que não aceito mais ninguém falando de ex perto de mim! Estou cansada de ouvir o tal do "minha ex é isso", "meu ex é aquilo". Primeiramente se você namorou, chamou de "meu amor", casou ou morou junto com alguém foi, porque quis e gostou!
Logo, falar mal de quem ficou para trás só significa que você não é bem resolvido com seus sentimentos, pois, se fosse calava a boca e seguia adiante! Criticar a conduta de quem você desejou por tempos, enquanto, frise-se, a pessoa agia da forma que, agora, você menospreza, é falar mal de si mesmo.
Você já analisou quão ridículo fica para você quando conta fatos desabonadores do seu ou da sua ex? “Porque a fulana era imatura, não tinha assunto que me acompanhasse, era fútil, era interesseira, era desequilibrada” ou algo assim? Agora, lhe pergunto: mesmo a pessoa sendo tudo isso, você viveu com ela, esteve ao seu lado e, se bobear, quem lhe deixou foi ela? Então, querido, o paspalhão é você!
Eu já vi, por exemplo, pessoas criticando a forma de ser e de pensar de ex com os quais fizeram questão de ter filhos, investiram nisso, inclusive! Ora, não se trata da conduta alheia, se trata da sua falta de vergonha na cara: uma por ter se relacionado com tal pessoa, duas por ter coragem de cuspir no prato que comeu e, se pudesse, comeria de novo, porque se não quisesse isso, não falava do que passou.
Arre, tenha paciência! Se você não tem seletividade nas escolhas, o problema é seu, se você não é bem resolvido com seus términos, procure um psicanalista, mas, por favor, não saia por aí falando mal daquela pessoa que você levou morar com você ou que você quis que ficasse ao seu lado. Isso soa muito, muito abjeto e é desabonatório do seu proceder, não de quem você finge que despreza!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 15 de setembro de 2015. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Amores imotivados!


Amores imotivados!

Eu não quero ser amada, porque eu sou honesta. Eu não quero ser amada porque sou sexualmente seletiva. Eu não quero ser amada, porque eu sou trabalhadora, esforçada e humorada. Eu não quero ser amada, porque eu sou muito inteligente e bonita.
Eu não quero ser amada, porque eu me visto bem ou sou elegante. Eu não quero ser amada, porque eu tenho assunto pra muitas horas de papo e porque sou humilde e educada no trato com as pessoas. Eu não quero ser amada, porque sou madura e psiquicamente equilibrada.
Também não quero ser amada, porque sou boa parceira pra festas, cama e filmes. Não quero ser amada, porque gosto de cozinhar ou tenho um traseiro firme. Eu não quero ser amada, porque sou carinhosa e alegre. Eu não quero ser amada, porque não sou interesseira e não gosto ou desejo depender de alguém. Eu quero ser amada sem motivos, sem explicações e sem comedimento.
Aonde você precisa justificar o que sente, quando você justifica o “porque” esta com alguém, então não há gostar genuíno, paixão e, menos ainda amor, há “matemática”, há escolha e eu não quero ser escolhida, eu quero ser amada e valorizada de forma inexplicável e imensurável sem ser um mero “acerto de calculo” na vida de quem não “acertou” nas suas contas pretéritas.
Não suporto, portanto, elogios “justificadores”. “Fulana era assim, não tínhamos como dar certo, você é ‘assado’, mais semelhante a mim.” Tal papo grotesco me parece algo como: não dei certo com fulana, ela não me quis, agora resolvi encontrar alguém com mais brio, caráter ou sei lá o que!
Isso não elogia, isso irrita e, inclusive, ofende. Quando o assunto é gostar, enumerar virtudes em quadro comparativo é um tiro no pé! Um tiro de canhão, diga-se de passagem, daqueles que leva o pé, a perna e todo o “corpo” pro “beleléu”.
Certo é que todo ser humano que nutra um pingo de apreço por si mesmo e vergonha na cara deveria saber escolher com quem se relacionar. Isso, claro, na fase na conquista, na hora da escolha, naquele momento em que devemos analisar o que a pessoa faz da vida, a forma com que vive, seus valores, seu circulo de amizades, suas predileções e sua conduta.
Essa fase, atualmente, vivenciamos de forma “virtual”. Olhando fotos no facebook, analisando postagens e rol de amigos. Depois disso, quando nos dispomos a nos relacionar intimamente com alguém, o que subentende o preenchimento dos “requisitos” iniciais, deverá vigorar o “sem porque”, a ausência completa de razões ou justificativas.
Quem, após se dar a conhecer intimamente ao outro se mantém justificando o seu prezar quer se consolar, quer conformar-se com a escolha diante da frustração pretérita. Não é amor, não é gostar, não é encantamento, é opção pelo que é mais pratico e mais “correto”, vez que o que fora amado, não foi correspondido.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de setembro de 2015. 

Apaixone-se por você!

Apaixone-se por você!
Sabe qual é o problema do mundo? É que as pessoas estão carentes de paixão por elas mesmas! Você conhece alguém e está pessoa esta tão acostumada com pessoas que não se amam que, diante de qualquer afirmação que lhes contrarie, irá se ofender ou achar que o errado é quem se manifesta. Mas não é!
Não existem pessoas erradas! Existem pessoas que se amam e não se contentam com nada menos que o amor, o afeto, a admiração e o respeito e existem pessoas que se contentam com qualquer coisa! Com qualquer "ah, se quiser ficar ai fica". Faltam pessoas que saibam o seu valor, anímico, intelectual, afetivo e estético!
Faltam pessoas que queiram ser bem amadas e não se contentem com o "meia boca", faltam pessoas que se admirem, se amem e digam: "Com licença, não me contento com pouco, não sou estepe ou segunda opção!". Enfim, faltam pessoas com amor próprio e brio para que todos saibam que, acaso lhe ofereçam o "mais ou menos" elas irão refugar sem medo de ser feliz! Quem se conhece e sabe o seu melhor quer, para si, o melhor em matéria de desejo, afeto e atenção.
É preciso desejar, desejar muito! Olhe nos olhos, atinja a alma do outro! Eu não acredito em amor sem densidade, sem profundidade e agradeço o que for menos do que isso. Acredito no olhar, no toque, na afetividade, no dialogo e, sim, no sexo.
Fazer sexo com amor e paixão não é algo pra qualquer um! "Qualquer um" faz aquela transa com hora marcada para as 23:15. Sexo apaixonado você faz com a mesma fome que sente quando acorda as 07:00 e o relógio bate 12:00, mas sem olhar as "horas"! Haverá vontade imprevisível, enfim! É algo desmedido, mas com tal ressalva: a fome se liga ao evento "horário" o sexo apaixonado se liga ao "evento" toque!
É apaixonado aquele que deseja o toque, beijo e, sobretudo, o corpo do outro sem hora marcada, sem momentos previstos, sem se conter! É isso, meu amigo, é sexo com amor e paixão, porque aquele previsível que só se faz tal hora, após o banho, a janta, a escovação de dentes e o jornal televisivo não é sexo, é "cumprir tabela"! E eu, como apaixonada por mim que sou, quero algo muito mais quente que isso!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de setembro de 2015. 

Desmistificando: o homem mais velho e a “novinha”.

Desmistificando: o homem mais velho e a “novinha”.

Quero me valer de Balzac para desmistificar essa gana de alguns exemplares do sexo masculino para enaltecer seu ego frágil se relacionando com mulheres muito mais jovens que eles. Gana que, diga-se, “impressiona” os demais que tem a mesma ignorância psíquica.  
Primeiramente: falo por prática! Quando eu tinha 18 anos tive um namorado que tinha 38, aos 21 namorei por dois anos um cidadão excelente, por sinal, que tinha 40 anos e, finalmente, fiquei dos 23 aos 28 com um sujeito metido a “macho alfa” que tinha 17 anos mais do que eu. Ou seja: eu entendo do que falo.
O que não entendo e, comumente falo para minhas amigas naqueles papos de “Luluzinha pós-moderna” é o que esses indivíduos enxergavam de tão magnifico em mim: primeiramente, eu era jovem, sim, mas corpo duro mulher de 40 anos também tem hoje em dia. Logo, deixemos a minha “gostosura” juvenil de lado.
O que Balzac fala das mulheres de 30? Transcrevo uma parte: “Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho da sua vagina, das suas carnes sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo - astral. Quer é ser feliz. Se o seu homem não gosta dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça. (...)Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas, que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo."
Ou seja, os meus namorados queridos, mas que eu imaginava e os desejava por serem “seguros de si” e “bem resolvidos” não eram nada disso! Uma mulher de 20 anos finge orgasmos pra agradar o parceiro, tem medo de rejeição, acha que o “problema” pode ser “dela”. Uma mulher de 20 anos, frente aos “poderes” do parceiro mais velho, fica “de quatro”. Elas são menos experientes. E não, não falo exclusivamente de sexo, até porque hoje em dia as meninas estão na “ativa” desde cedo.
Eu falo de segurança enquanto mulher. Do conhecer mais da vida, do ter lido mais, do ter passado por um divã de psicólogo, do se conhecer melhor, da autoestima inabalável, do olhar seguro! Até hoje quando vejo minhas fotos da era dos “inte” pasmo diante de um olhar frágil, carecedor de cuidado, pasmo diante de um sorriso inseguro, pasmo diante das bochechas juvenis!
Se isso encanta os homens? Ah, então eles não são homens com “h” maiúsculo não! Um homem de verdade não tem medo de uma mulher que sabe o que quer e o que não quer da vida. Dentro e fora do quarto. Um homem de verdade não tem medo de uma parceira que toma a atitude e gosta de ter as rédeas das situações em mãos. Que diz: “Quero agora.”
Um homem de verdade tem ego bem estabelecido. Não precisa exibir-se aos demais. E homem de verdade tem que ser mais velho para ser maduro? Ah, depende! Não nego que era isso que eu achava quando eu só me relacionava com homens mais velhos do que eu.
Fato é que idade não tem a ver com maturidade! Muitos dos meus colegas de faculdade, alguns que eu tinha como “amigos” inclusive, eram muito mais seguros e maduros que os meus “amados” namorados mais velhos. Esses amigos meus, inclusive casaram-se com lindas mulheres mais velhas que eles. Na mesma busca pela maturidade!
Ocorre que nós mulheres não namoramos homens mais jovens para ostentar que estamos “podendo”. A gente fica com eles quando eles nos oferecem o que os mais velhos não nos dão: admiração, respeito, afeto, carinho, suspiros e, claro, maturidade!
Nem todas as pessoas velhas são maduras e nem todos os jovens são imaturos. Aliás, existem homens bobos por natureza e a estes o passar dos anos não ajuda. Se, alguns vinhos ficam melhores com o tempo, outros azedam! Depende da qualidade da uva e do “processo” de fermentação ao qual foram submetidos, logo, não há regra!
Tolo é quem se baseia nas aparências e quem generaliza tudo! Existem moças jovens que são mais maduras que os homens mais velhos com os quais namoram e existem homens mais velhos que estão com as jovens para exibir para os amigos e, porque elas são brandas, são fáceis de levar: se contentam fácil com o que lhes oferece, dificilmente reclamam, pois são muito, muito mais inseguras! Balzac explicou as mulheres de 30 e acabou explicando os homens, afinal, uma coisa é certa: julgue o homem de acordo com a mulher que ele ama. Aí você saberá quem ele é!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de setembro de 2015. 

domingo, 13 de setembro de 2015

Pra casar ou pra pegar?


Pra casar ou pra pegar? 

Existe mulher "pra pegar" e "pra casar"? Primeiramente essa terminologia é bastante machista, pois deduz que toda mulher queira casar desesperadamente e, ainda que ela é "escolhida" pelo "macho alfa".
A verdade é bem diferente e é por isso que esse estigma afunda: uma mulher baladeira, que adora sexo casual e passou pela cama de metade dos marmanjos da cidade, quando quer casar faz o que? Arruma um cara de fora da localidade ou que nada possa dela conhecer, veste a carapuça de virgem, fala baixo, não bebe, usa discurso moralista, demora 3 meses pra transar e o machista típico casa!
Por que? Porque pra ele, ela "foi" pra casar! E, claro, porque ele é um machista "pouca pratica", ou seja, trouxa! Pode ser que uma mulher super decidida, honesta, dona de seu nariz, normalmente inacessível sexualmente e politizada resolva sair e ficar com alguém.
Ela não está ligando para o conceito alheio a seu respeito e se achar um machista típico ele achará que ela é só "pra pegar". Sendo que, na rotina dela, quem foi "pego" foi ele, afinal ela continuará sendo a mulher decente e batalhadora que escolheu um cara para se distrair.
Qualquer estigma se mostra frágil frente a habilidade feminina de manipulação e diante da facilidade com que os homens são manipuláveis por mulheres de caráter ruim que os escolhem para "dar golpe". Inclusive o da "santinha". Santa só a mulher voadora é, todavia não se pode negar que existem mulheres que vivem de bar em bar procurando homem abonado.
Não sabem nem ler, escrever ou falar direito, mas se vestem bem e se arrumam pra caçar algum cavalheiro solitário. Essas que adoram um "camarote", uma pensão alimentícia e dizem que "adoram" o "tio" só para poder passar bem nas costas dele. Agora, uma mulher que paga a própria bebida, roupas e festa e que não pula de camarote em camarote tem outro nível intelectual. Se é "pra casar"? Talvez, mas só se ela lhe quiser!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 11 de setembro de 2015. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

E se o “por dentro” valesse mais?

E se o “por dentro” valesse mais?

E se ninguém soubesse fazer conta e dinheiro comprasse coisas e não pessoas, quem estaria ao seu lado? Se você coloca sua aparência ou poder aquisitivo antes do seu coração, conduta e inteligência, resigne-se: você só atrairá gente interesseira, materialista e fútil. Se você escolhe mulher pela bunda, será escolhido pelo bolso.
É a lei da vida, semelha atrai semelhante e fica com gente semelhante! O fútil completa o fútil e o vazio faz companhia para o vazio. Atitudes, postura, educação, doçura e não aparência rebocada, comprada e fabricada devem encantar.
Assim como o "ser" deve encantar mais que o "ter"! Ao menos num mundo onde se fale menos dos conceitos de Cristo, mas se siga seu exemplo de profundidade enquanto ser humano. A pior e mais abjeta pobreza é a do espírito. Essa que faz com que as pessoas olhem para seus defeitos de forma cega, sem que se tornem mudos frente aos defeitos dos outros.
Essa miserabilidade anímica que faz com que as pessoas disseminem histórias mal contadas, que faz com que a criatura se contente com a ostentação e não demostre nada de alma, nada de afeto, nada de espírito. O dinheiro faz bem para quem já tem um espírito rico, os demais continuarão miseráveis, só que abonados.
Vivemos numa sociedade de analfabetos funcionais e, contra o "analfabetismo funcional" pensar sobre o que se lê é mais essencial do que ler, questionar o que se ouve é mais essencial do que ouvir.
Existem religiosos fervorosos que são analfabetos funcionais, existem juristas que também são, enfim em todas as áreas de estudo existem os leitores analfabetos. São os que leem e não indagam, não questionam, não refletem, não pensam a respeito e, consequentemente, não criticam.
Ser culto não significa ser técnico, ler muito, mas pensar sobre e até colocar em dúvida o que ouve e lê, além dos próprios pensamentos e convicções. Não há sabedoria sem dúvida. As pessoas mais sabias duvidam mais, as mais tolas creem com mais convicção e se acham mais conhecedoras de tudo! São traídas pela própria arrogância intelectual. Ah, coitadas!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 11 de setembro de 2015. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Esclarecendo a prostituição.

Esclarecendo a prostituição.

Eu não sei, porque, atualmente e na sociedade em que vivemos se menospreza tanto as ditas “putas de zona” ou as tais “garotas de programa”. Os homens, inclusive! Conversando com conhecidos solteiros, vivendo aquela fase da “curtição” e falando que “uma vez os amigos chamaram a amiga que chamou mais um monte de amigas para ir à festa regada a trago na casa do cidadão que nenhuma conhecia”, eles largam em sua (desnecessária) defesa, como: “Ah, mas ‘de boa’, nenhuma delas era de ‘zona’”.
Sobre “putice”, portanto, algumas considerações pertinentes: chama-se de puta a cidadã que faz sexo por dinheiro. Ok, até aí ninguém discorda! Agora, a mulher que vai a festa sem pagar nada, ciente de que é “esquema” com homens abonados vai procurar o que? Espermatozoide de cara endinheirado e pensão ou quiçá um trouxa que se apaixone e assuma um romance.
Via de regra ocorre isso, e por acaso, tal conjuntura não tem “nada” a ver com o tal do transar por dinheiro? E a mulher que fica com alguém sem gostar, que não faz nada de útil na vida, mas que adora ser bancada pra ficar erguendo peso na academia o dia inteiro e pra ter um “corpinho” bonito para não “perder” o parceiro, digo, o “homem que lhe banca” não segue o mesmo raciocínio?
Não importa por quanto você se vende, importa se você se vende! Se ao invés de amor, admiração e desejo você tem interesse e uma grande preguiça de usar a cabeça para algo além do que carregar cabelos, como, por exemplo, pensar, ler, estudar e fazer algo útil na vida, você estará sendo puta!
As prostitutas, aquelas que você, homem inocente menospreza, porque cobram pelo sexo, e que, frente ao seu frágil ego frágil diz que as “gatas” que “pegou” não tinham tal profissão, são mais valorosas que essas “ditas” que são interesseiras e só estão ao seu lado pelo dinheiro, sabe por quê?
Ao menos elas não dizem que amam, ao menos elas trabalham e o dinheiro que ganham é suado, enfim, é conquistado por elas e não pelo cidadão iludível que chama mulherzinha de quinta categoria de “meu amor”. Simples!
Mude seus conceitos meu amigo, prostituição vai muito além de um “programa”: ela envolve ausência de brio e vergonha na cara, “interesseirismo”, pois. Agora, pare e pense se a sua “namoradinha” não se assemelha a “essas”. Vá até o toalete e seque as suas lagrimas, pois elas deixam a pele ressacada.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de setembro de 2015.