Esclarecendo a prostituição.
Eu não sei, porque, atualmente e na sociedade em
que vivemos se menospreza tanto as ditas “putas de zona” ou as tais “garotas de
programa”. Os homens, inclusive! Conversando com conhecidos solteiros, vivendo
aquela fase da “curtição” e falando que “uma vez os amigos chamaram a amiga que
chamou mais um monte de amigas para ir à festa regada a trago na casa do
cidadão que nenhuma conhecia”, eles largam em sua (desnecessária) defesa, como:
“Ah, mas ‘de boa’, nenhuma delas era de ‘zona’”.
Sobre “putice”, portanto, algumas considerações pertinentes:
chama-se de puta a cidadã que faz sexo por dinheiro. Ok, até aí ninguém discorda!
Agora, a mulher que vai a festa sem pagar nada, ciente de que é “esquema” com
homens abonados vai procurar o que? Espermatozoide de cara endinheirado e pensão
ou quiçá um trouxa que se apaixone e assuma um romance.
Via de regra ocorre isso, e por acaso, tal
conjuntura não tem “nada” a ver com o tal do transar por dinheiro? E a mulher
que fica com alguém sem gostar, que não faz nada de útil na vida, mas que adora
ser bancada pra ficar erguendo peso na academia o dia inteiro e pra ter um “corpinho”
bonito para não “perder” o parceiro, digo, o “homem que lhe banca” não segue o
mesmo raciocínio?
Não importa por quanto você se vende, importa se
você se vende! Se ao invés de amor, admiração e desejo você tem interesse e uma
grande preguiça de usar a cabeça para algo além do que carregar cabelos, como,
por exemplo, pensar, ler, estudar e fazer algo útil na vida, você estará sendo
puta!
As prostitutas, aquelas que você, homem inocente menospreza,
porque cobram pelo sexo, e que, frente ao seu frágil ego frágil diz que as “gatas”
que “pegou” não tinham tal profissão, são mais valorosas que essas “ditas” que são
interesseiras e só estão ao seu lado pelo dinheiro, sabe por quê?
Ao menos elas não dizem que amam, ao menos elas
trabalham e o dinheiro que ganham é suado, enfim, é conquistado por elas e não pelo
cidadão iludível que chama mulherzinha de quinta categoria de “meu amor”. Simples!
Mude seus conceitos meu amigo, prostituição vai
muito além de um “programa”: ela envolve ausência de brio e vergonha na cara, “interesseirismo”,
pois. Agora, pare e pense se a sua “namoradinha” não se assemelha a “essas”. Vá
até o toalete e seque as suas lagrimas, pois elas deixam a pele ressacada.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 10 de setembro de 2015.
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