Mulheres: empoderem-se!
Está na moda a palavra “empoderamento”,
significando a necessidade de a mulher apoderar-se de si, de suas vontades, de
suas opiniões, de sua vida e, enfim, tornar-se poderosa! Quer saber?! Eu acho é
tarde!
Fui educada numa família constituída, na maioria,
por mulheres independentes. No entanto, minha mãe que foi independente até os
30 anos e que por “amor” deixou de ser. Deixou a faculdade de Matemática no ano
da conclusão (formatura) e deixou para trás quase 12 anos de trabalho no
magistério.
E o “amor” dela foi “eterno” por 27 anos em que, em
que pese, haja existido amor, houve muito silencio em prol da dependência
econômica. Como se erigir contra opiniões e atos tidos como estúpidos do marido
que paga o que a esposa come, veste, fuma, bebe?
Acho que o primeiro passo para o empoderamento é a
independência intelectual do machismo, enfim, o amor próprio da mulher, o
segundo e igualmente indispensável é a independência financeira.
Se um chefe manda nos empregados, porque,
pagando-lhes o seu salário é a eles hierarquicamente superior, um marido
acabará, infelizmente, exercendo poder de comando sobre a esposa que come e se
veste com o dinheiro dele. Portanto, queridas jovens cujo sonho é casar com
homem rico: “sejem menas”! (Uso um português tão equivocado quanto a sua ideia
e sonho estúpidos).
Não importa se o marido é mais rico, se ganha muito
mais que você! Você pode ganhar qualquer valor incluso, até mesmo, na faixa de isenção
de imposto de renda, o que você não pode é ter um provedor dormindo ao seu
lado. Alguém que sustente todos os seus gastos.
A dominação do homem sobre a mulher diminuiu muito
ao longo da historia na medida em que as mulheres saíram da posição de mães de família
e “donas do lar” para o mercado de trabalho. Isso por quê? Porque mulher que se
sustenta não precisa ser obediente, fica porque ama e é respeitada ou salta
fora e muda de parceiro.
O marido ser bem sucedido pode ser admirável, afinal,
é prazeroso para uma mulher independente ver que tem, ao lado, um homem
inteligente, ambicioso e competente no que faz. Todavia, independente disso não
permita que ele lhe sustente. Presentes, agrados, ou seja lá o que for podem
ser validos, até mesmo românticos e necessários, mas pagar o que você come, as
calcinhas que veste e o absorvente que usa, em pleno 2015, é inadmissível!
E, se você admitir, compreenda: ele se sentira no
direito de dizer que você come demais, usa calcinhas demasiado caras e que seu
absorvente intimo não oferece um “custo/beneficio” justo. Ou seja: quem banca,
manda! Fuja de ser bancada e, consequentemente, a porta da rua será uma bela
serventia no dia em que o parceiro ousar lhe mandar ou criticar. Apodere-se
querida!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de agosto de 2015.
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