O feminismo e as atitudes femininas.
Cansei de ouvir de homens que sou
"difícil demais para ser feminista", que eu deveria ser mais
"liberal" e "moderna". Algumas mulheres já me disseram que
sou "caseira" demais pra ser feminista, que eu deveria ser mais
"baladeira" e tal!
Como se transar com 1, 5, 10 ou 500 mil
homens determinasse o meu feminismo! Gente, o número de caras com quem já
transei não tem nada a ver com minhas opiniões. Me acho boa demais pra transar
de graça com os babacas que conheço por aí! Machistas, egoístas e arrogantes,
inclusive! (Aliás, com alguns dos meus ex namorados se eu pudesse
"destransar" eu "destransaria"!).
Curto rock e boa música, mas amo minha casa, quarto e filmes,
não preciso estar na noite de bar em bar ou de cama em cama pra fazer apologia
ao feminismo! Aliás, não preciso provar nada pra pessoa alguma e digo mais:
mulherada, se valorize sim! Calcinha e sossego não é qualquer um que deve tirar
o seu!
Se você souber que é gostosa, inteligente e bonita, não vai
precisar de elogio de macho pra nada e, do jeito que anda o mundo, nada mais
feminista do que se masturbar, se preservar e ser feliz! Gastar com depilação,
lingerie, roupa, manicure, cabelo, make, perfume importado e saliva pra
conversar é caro demais e tem cara que não vale o que você gasta pra fazer a
unha do pé!
Na verdade, tem cara que não vale a acetona que você usa pra
tirar o esmalte velho das unhas! O feminismo não tem nada a ver com você sair
muito ou pouco, transar muito ou não, ser celibatária ou puta, ser prostituta
ou médica, ser desembargadora, ministra ou gari.
A sua profissão, a sua libido, o seu apreço por festanças em
nada se relacionam com ser feminista. Na verdade é o machismo que deseja
influenciar as mulheres para que elas demonstrem o seu feminismo sendo
libertinas e transando a torto e a direito por aí! Não caia nessa criatura!
Aliás, numa noite dessas cheguei do retoque das luzes no salão e minha
mamãe estava assistindo ao filme "Bruna Surfistinha" e havia parado
numa cena horrenda em que a garota, super chapada, dava uma entrevista na
televisão falando mil asneiras vulgares. "Cruzes, que imbecil!",
pensei e falei.
Se eu fosse ela (garota de programa), ao invés de ir em rede nacional
falar bobagem e agradecer a minha clientela, eu agradeceria a todos os caras
babacas, ignorantes, machistas, hipócritas, metidos a "espertos" e
ridículos com quem já fiquei e namorei! (Isso sem falar os que
escreviam "agente" e não sabiam diferencias "mas" de
"mais"!). Sem duvida eles seriam o maior incentivo para eu
"alçar" voo na carreira da Raquel (vulgo "Bruna
Surfistinha"!).
Minha mãe concordou plenamente comigo
e, se o assunto se alongasse, sinto que ela me incentivaria a usar o meu
rostinho, inteligência e corpinho e deixar de ficar com trouxas que mais me
fizeram gastar e estressar do que "agregar" ou gozar!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de fevereiro de 2016.
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