Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Quem é você quando não tem nada?

Quem é você quando não tem nada?

O que você é sem dinheiro? O que você é sem sua beleza? O que você é sem a sua profissão, sem o seu trabalho? O que você é sem o seu marido ou namorado? O que você é sem os seus amigos?
 O que você é sem suas roupas caras e adornos? O que você é sem sua "titulação"? O que você é, enfim, quando você fica sem nada? Pois, acredite, este será você! Sim, talvez solitário, talvez na miséria, talvez passando algumas necessidades, mas você é o que ninguém vê!
Tenho imensa piedade de quem se torna dependente do ego e de tudo o que o enalteça, pois, quando solitárias, quando a sós consigo, essas pessoas se deparam com um imenso vazio interior. E este vazio, pleno de insegurança e desamor, é quem elas são!
Se a sua autoestima depende de algo que você possa ter ou possuir, e, consequentemente, perder, então você não a tem e nada é! Se o que lhe faz “gente” é algo perecível, passível de roubo, de extinção ou de superação, então, no fundo, você não é muito “gente” não. Ao menos não gente feliz, gente do bem, gente bem resolvida consigo mesma.
Em momentos de agrura, em momentos de perdas, em momentos de profundas mudanças ou diante daquelas provações que a vida impõe a nossa persistência e força você se depara consigo mesmo. E, quando a situação está muito ruim e você se sente injustiçado, aviltado e perdido, é bem provável que exista um consolo: ao menos você é decente o suficiente para ser a vitima e não aquele que age mal.
Ao menos você é aquele que ameaça ao outro, sem nem aperceber-se de sua existência ou “perigo”, ao menos você é aquele assusta, sem nada fazer, que causa inveja, pelo simples fato de existir e não o miserável que precisa atacar, ainda que silenciosamente, para poder se sentir melhor na vida. Porque, no fundo, sabe que não é nada.
Tudo na vida é passageiro, até mesmo a sua existência, mas você é aquilo que fica quando todos se vão, quando tudo se perde: a sua alma, a sua essência! E se o seu autoconceito não se liga a esta essência, você está é perdido! E, por falar nisso, quem você é?


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 08 de fevereiro de 2016.


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