Ode ao casamento II
Enquanto casada eu fazia ode ao casamento, e continuo fazendo. Com exceção de um tediozinho proveniente da acomodação de um dos cônjuges a vida de casado é ótima, quando há amor, paixão e, claro, muito sexo. Porque me separei? Porque algumas coisas simplesmente terminam, mas que era boa a vida de casada isso era.
Não é a amizade, a cumplicidade, o diálogo nem nada desses enfeites que seguram um casamento feliz, é o sexo. Você pode odiar a forma com que sua esposa escova os dentes, a sujeira que o seu marido deixa na pia, mas se na cama, na banheira, na cozinha, na sala, no mato, no tapete ou em qualquer outro lugar o negócio fluir bem, você vai esquecer aqueles detalhes tolos. Quais eram mesmo?
Irrita-me muito ouvir de pessoas inexperientes e pouco vividas que não querem casar, porque que casamento é “isso”, é “aquilo”, ora, não falem mal da comida antes de tê-la saboreado. Isso é ignorância, preconceito e burrice, porque não sabem o que estão perdendo. O detalhe, é claro, é a dificuldade de se encontrarem- em especial- mulheres “casáveis”, mas isso já não é problema meu (benzadeus!).
O que costuma arruinar com o bem estar da vida a dois é o hábito feminino de achar que, porque casou, adquiriu uma marionete e, assim, cerceia a liberdade do parceiro tentando modificá-lo a todo custo. Na medida em que a esposa se torna chata e irritante o marido se torna igual a ela e assim instaura-se o caos e até mesmo o bom sexo se torna razoável.
Case. Case com a pessoa que despertar o seu amor, case com a pessoa cujo olhar transmite boa energia, cujo olhar tira sua roupa, case com o cara cujo olhar resplandece “eu te amo”, mas, por favor, case com o sujeito que você conheceu, que você aceitou e não tende mudá-lo, pois se assim você fizer, logo, logo os olhos dele irão brilhar por outra.
Casamento é união de quem se dá bem na cama e em alguns pontos fora dela, é união de quem quer ser fiel e leal, e, principalmente, é uma união que só dá certo quando há respeito e aceitação mutuas, faltando isso, nada feito. Mas toda experiência é válida, ridículo mesmo é dar opinião sobre o que não se viveu.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 31 de janeiro de 2011.
Enquanto casada eu fazia ode ao casamento, e continuo fazendo. Com exceção de um tediozinho proveniente da acomodação de um dos cônjuges a vida de casado é ótima, quando há amor, paixão e, claro, muito sexo. Porque me separei? Porque algumas coisas simplesmente terminam, mas que era boa a vida de casada isso era.
Não é a amizade, a cumplicidade, o diálogo nem nada desses enfeites que seguram um casamento feliz, é o sexo. Você pode odiar a forma com que sua esposa escova os dentes, a sujeira que o seu marido deixa na pia, mas se na cama, na banheira, na cozinha, na sala, no mato, no tapete ou em qualquer outro lugar o negócio fluir bem, você vai esquecer aqueles detalhes tolos. Quais eram mesmo?
Irrita-me muito ouvir de pessoas inexperientes e pouco vividas que não querem casar, porque que casamento é “isso”, é “aquilo”, ora, não falem mal da comida antes de tê-la saboreado. Isso é ignorância, preconceito e burrice, porque não sabem o que estão perdendo. O detalhe, é claro, é a dificuldade de se encontrarem- em especial- mulheres “casáveis”, mas isso já não é problema meu (benzadeus!).
O que costuma arruinar com o bem estar da vida a dois é o hábito feminino de achar que, porque casou, adquiriu uma marionete e, assim, cerceia a liberdade do parceiro tentando modificá-lo a todo custo. Na medida em que a esposa se torna chata e irritante o marido se torna igual a ela e assim instaura-se o caos e até mesmo o bom sexo se torna razoável.
Case. Case com a pessoa que despertar o seu amor, case com a pessoa cujo olhar transmite boa energia, cujo olhar tira sua roupa, case com o cara cujo olhar resplandece “eu te amo”, mas, por favor, case com o sujeito que você conheceu, que você aceitou e não tende mudá-lo, pois se assim você fizer, logo, logo os olhos dele irão brilhar por outra.
Casamento é união de quem se dá bem na cama e em alguns pontos fora dela, é união de quem quer ser fiel e leal, e, principalmente, é uma união que só dá certo quando há respeito e aceitação mutuas, faltando isso, nada feito. Mas toda experiência é válida, ridículo mesmo é dar opinião sobre o que não se viveu.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 31 de janeiro de 2011.