O ser e o "querer ser".
Ter defeitos não é o problema, mas achar que não os tem ou querer aparentar possuir virtudes inexistentes, sim. Pior do que ser volúvel, pior do que ser vagabunda é ser uma falsa santa, uma pseudo-puritana, pior do que ser ignorante é ser um falso sábio.
Pior do que ser infantil é ser um falso “ser humano maduro”, pior do que ser ateu é ser um falso crente, pior do que ser ríspido é ser um falso sentimentalista, pior do que ser pobre é ser aquele que aparenta ter bens e boa renda, mas não tem!
Pior do que amar a pessoa errada é tentar convencer a todos que tal ser é perfeito, é um exemplo de “boa pessoa”. Pior do que ser vadio é ser um falso “trabalhador”, pior do que ser infeliz é ser um “bobo da corte” no mundo, fingindo alegria e tentando demonstrar uma felicidade inexistente para os outros.
Pior do que ser fútil e superficial é ser um pseudo-intelectual, pior do que admitir ser interesseiro é ter um discurso de ser humano auto-suficiente, mas sonhar em ser dependente de pessoas abonadas, pior do que ser caloteiro é ser um falso “homem honesto”.
Enfim, muito pior do que assumir para o mundo quem realmente se é e ser honesto consigo mesmo é tentar enganar a todos com virtudes e valores que não se possui.
A vida ensina a quem quiser que entre o que o homem é e o que ele deseja aparentar ser existe um grande abismo, feliz aquele que não se engana com tal imagem e cai nele, mas, se cair ainda é possível se reerguer, triste mesmo é ter este abismo dentro de si.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 13 de janeiro de 2011.
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