Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 2 de janeiro de 2011

A independência feminina e as separações.

Independência feminina e separações.
As pessoas adoram alegar com um ar saudosista precariamente hipócrita que os relacionamentos hoje em dia findam facilmente, que as pessoas não tentam e que se foi o tempo do casamento ser bem considerado porque era “bem” mantido. Como se tempo de mantença de relação fosse sinônimo de relacionamento feliz e maduro.
O marco desta mudança não é o fato do sexo ser facilmente conseguido, não é a promiscuidade e vulgaridade batendo recordes, é, simplesmente a independência feminina.Este foi o marco no mundo fático e jurídico que fez (benzadeus!) que aumentassem os índices de divórcios.
Ah, não me julguem mal, eu acredito no amor e justamente por isso creio na separação daqueles que constataram diferenças acentuadas na forma de viver, afinal, para se estar apto a um novo amor é preciso ser e estar livre.
Outrora a mulher aceitava tudo quieta porque dependia econômica e psiquicamente do homem, afinal a sociedade lhe cobrava a existência de um marido, um marido para quem ela devia servir, passar roupas, manter relações sexuais mesmo sem inspiração (até porque tão egoísta quando o homem era o sexo que ele proporcionava), arrumar a casa e cuidar dos rebentos.
Na medida em que a mulher foi encontrando seu lugar no campo de trabalho nada pode lhe prender a um amor, nada além dele em sua forma genuína e madura: Amo porque amo, porque ele me respeita e faz bem, jamais porque dependo ou preciso. A dependência financeira é um cinto de castidade cruel,é uma prisão psíquica da qual só as mulheres de brio e que sabem o que querem para si, se livram.
Abençoada seja a mulher e suas metas, seus sonhos, ambições, todavia, que ela nunca esqueça que apesar de todo o poder que pode conquistar ela ainda tem um coração que deve e merece doar amor e receber amor, que ela ainda tem um corpo que merece bom trato, cuidado e um bom pouco de sacanagem com quem a mereça. É sempre bom lembrar que há limites para tudo, inclusive para o altruísmo.
Vamos nos separar quando o amor for trocado pela desilusão, quando a admiração cedeu lugar a piedade, quando as histórias do passado do parceiro cederam lugar ao asco. Vamos erguer a cabeça e lutar, porque o mundo é dos perseverantes, dos que erram, mas aprendem e tem humildade para admitir isso, e seguir a vida sem perder a esperança no amor e a fé nas pessoas exceção, que ainda existem no mundo.
Passo Fundo, 02 de janeiro de 2011.
Cláudia de Marchi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.