Independência feminina e separações.
As pessoas adoram alegar com um ar saudosista precariamente hipócrita que os relacionamentos hoje em dia findam facilmente, que as pessoas não tentam e que se foi o tempo do casamento ser bem considerado porque era “bem” mantido. Como se tempo de mantença de relação fosse sinônimo de relacionamento feliz e maduro.
O marco desta mudança não é o fato do sexo ser facilmente conseguido, não é a promiscuidade e vulgaridade batendo recordes, é, simplesmente a independência feminina.Este foi o marco no mundo fático e jurídico que fez (benzadeus!) que aumentassem os índices de divórcios.
Ah, não me julguem mal, eu acredito no amor e justamente por isso creio na separação daqueles que constataram diferenças acentuadas na forma de viver, afinal, para se estar apto a um novo amor é preciso ser e estar livre.
Outrora a mulher aceitava tudo quieta porque dependia econômica e psiquicamente do homem, afinal a sociedade lhe cobrava a existência de um marido, um marido para quem ela devia servir, passar roupas, manter relações sexuais mesmo sem inspiração (até porque tão egoísta quando o homem era o sexo que ele proporcionava), arrumar a casa e cuidar dos rebentos.
Na medida em que a mulher foi encontrando seu lugar no campo de trabalho nada pode lhe prender a um amor, nada além dele em sua forma genuína e madura: Amo porque amo, porque ele me respeita e faz bem, jamais porque dependo ou preciso. A dependência financeira é um cinto de castidade cruel,é uma prisão psíquica da qual só as mulheres de brio e que sabem o que querem para si, se livram.
Abençoada seja a mulher e suas metas, seus sonhos, ambições, todavia, que ela nunca esqueça que apesar de todo o poder que pode conquistar ela ainda tem um coração que deve e merece doar amor e receber amor, que ela ainda tem um corpo que merece bom trato, cuidado e um bom pouco de sacanagem com quem a mereça. É sempre bom lembrar que há limites para tudo, inclusive para o altruísmo.
Vamos nos separar quando o amor for trocado pela desilusão, quando a admiração cedeu lugar a piedade, quando as histórias do passado do parceiro cederam lugar ao asco. Vamos erguer a cabeça e lutar, porque o mundo é dos perseverantes, dos que erram, mas aprendem e tem humildade para admitir isso, e seguir a vida sem perder a esperança no amor e a fé nas pessoas exceção, que ainda existem no mundo.
Passo Fundo, 02 de janeiro de 2011.
Cláudia de Marchi
As pessoas adoram alegar com um ar saudosista precariamente hipócrita que os relacionamentos hoje em dia findam facilmente, que as pessoas não tentam e que se foi o tempo do casamento ser bem considerado porque era “bem” mantido. Como se tempo de mantença de relação fosse sinônimo de relacionamento feliz e maduro.
O marco desta mudança não é o fato do sexo ser facilmente conseguido, não é a promiscuidade e vulgaridade batendo recordes, é, simplesmente a independência feminina.Este foi o marco no mundo fático e jurídico que fez (benzadeus!) que aumentassem os índices de divórcios.
Ah, não me julguem mal, eu acredito no amor e justamente por isso creio na separação daqueles que constataram diferenças acentuadas na forma de viver, afinal, para se estar apto a um novo amor é preciso ser e estar livre.
Outrora a mulher aceitava tudo quieta porque dependia econômica e psiquicamente do homem, afinal a sociedade lhe cobrava a existência de um marido, um marido para quem ela devia servir, passar roupas, manter relações sexuais mesmo sem inspiração (até porque tão egoísta quando o homem era o sexo que ele proporcionava), arrumar a casa e cuidar dos rebentos.
Na medida em que a mulher foi encontrando seu lugar no campo de trabalho nada pode lhe prender a um amor, nada além dele em sua forma genuína e madura: Amo porque amo, porque ele me respeita e faz bem, jamais porque dependo ou preciso. A dependência financeira é um cinto de castidade cruel,é uma prisão psíquica da qual só as mulheres de brio e que sabem o que querem para si, se livram.
Abençoada seja a mulher e suas metas, seus sonhos, ambições, todavia, que ela nunca esqueça que apesar de todo o poder que pode conquistar ela ainda tem um coração que deve e merece doar amor e receber amor, que ela ainda tem um corpo que merece bom trato, cuidado e um bom pouco de sacanagem com quem a mereça. É sempre bom lembrar que há limites para tudo, inclusive para o altruísmo.
Vamos nos separar quando o amor for trocado pela desilusão, quando a admiração cedeu lugar a piedade, quando as histórias do passado do parceiro cederam lugar ao asco. Vamos erguer a cabeça e lutar, porque o mundo é dos perseverantes, dos que erram, mas aprendem e tem humildade para admitir isso, e seguir a vida sem perder a esperança no amor e a fé nas pessoas exceção, que ainda existem no mundo.
Passo Fundo, 02 de janeiro de 2011.
Cláudia de Marchi
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